Por Bruna Aquino, Ricardo Campos Jr
Para garantir vacina contra H1N1, idosos madrugaram em frente das farmácias que ajudam a Prefeitura na campanha de imunização. Senhas começaram a ser distribuídas às 7h e em meia hora já haviam se esgotado em vários estabelecimentos.
A correria para se proteger contra a gripe expõe ao novo coronavírus o público que é mais vulnerável à doença. Isso porque enquanto esperam a aplicação da dose, muitos não respeitam distância mínima para evitar o contágio.
O aposentado João Rodrigues, 68 anos, chegou às 6h40 à Droga Fic no Trevo Imbirussu, região sul de Campo Grande, e garantiu a senha. “Ontem eu fui na unidade básica Dona Neta (Guanandi) durante a tarde e já não havia mais a vacina. Eu preciso tomá-la. Minha mulher não queria deixar eu sair de casa, mas eu preciso”, disse ao Correio do Estado.
Epifânio Hoffmeister, 61 anos, chegou ao mesmo local às 7h30 e não teve sorte: as vagas para receber a imunização haviam esgotado.
“Me falaram que agora só amanhã e não adianta ir em outro lugar. O jeito é esperar. A primeira coisa que falta é respeito. Estamos em alerta tão grande, somos obrigados a vacinar, a gente vem e não tem vacina, é falta de respeito social”, desabafou.
A dona de casa Maria José Dias, 66 anos, foi a pé de casa até a farmácia e também chegou por volta das 7h30. Ela teve que voltar sem a proteção contra H1N1 porque também não conseguiu senha. “O jeito é esperar”, disse.
ORIENTAÇÃO
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a campanha para os idosos e profissionais da saúde vai até o fim de abril e por isso não há necessidade de correria e tumulto. E quem está aguardando na fila, manter distância mínima de 1,5 metro para evitar disseminação do novo coronavírus.