De Brasília
Quase sete meses depois do início da pandemia da covid-19 no Brasil, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na segunda-feira, 5, em Belo Horizonte que a pasta ainda trabalha na organização do “Dia D” de conscientização contra o coronavírus. “Não temos a data, mas vai sair”, disse. O ministro esteve na capital mineira para visitar a Funed (Fundação Ezequiel Dias), que faz o processamento de testes de covid-19 no estado.
O “Dia D” estava previsto para acontecer no último sábado, 3. O planejamento do ministério previa a abertura das UBS (Unidades Básicas de Saúde) para passar orientações sobre o “tratamento precoce” da doença. Segundo apurou o Estadão em setembro, para a divulgação do evento, o ministério esperava que o presidente Jair Bolsonaro tratasse do tema durante sua live semanal nas redes sociais. Havia a expectativa também de um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. Procurado na época, o Palácio do Planalto não confirmou.
Como parte do “Dia D” foi discutida a distribuição de remédios do chamado “kit covid-19” em todo o País, que reuniria medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. A OMS (Organização Mundial da Saúde), até o momento, não reconhece nenhum medicamento como eficaz no tratamento da doença. O ministro não respondeu sobre os motivos do atraso do “Dia D”.
Discussões sobre os remédios dentro do governo derrubaram dois ministros. Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos contrários à utilização de remédios sem comprovação de eficácia pelas autoridades de saúde. Bolsonaro é um defensor da cloroquina e disse que fez uso do remédio.
Na capital mineira o ministro voltou a defender o “tratamento precoce” da doença, mas não citou os medicamentos que seriam utilizados para isso. Depois de falar sobre a importância de se ter uma rede hospitalar preparada para receber pacientes, disse ser preciso fazer o tratamento da covid-19 da “forma correta”. “Diagnosticar, tratar o mais rápido possível e o paciente voltar para casa.”
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O Ministério da Saúde vai fazer esta semana em Brasília um balanço sobre os testes que estão sendo realizados com as vacinas que podem ser utilizadas no Brasil contra a covid-19. “Vamos explicar para toda a imprensa, todo o Brasil, como é cada vacina e em que fase está”, disse.