Por Kris Gaiato
Metade de todas as tarefas de trabalho será realizada por máquinas até 2025, segundo prevê um relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). No documento, a organização afirma que a esperada “revolução robótica” vai criar 97 milhões de empregos em todo mundo e destruir outros tantos, deixando alguns grupos sociais em situação de vulnerabilidade.
Segundo o WEF, trabalhos manuais e rotineiros que envolvam administração e processamento de dados serão automatizados; já novos empregos surgirão em campos como Economia Verde e Big Data.
A pesquisa abrangeu 300 das maiores empresas do mundo, que empregam 8 milhões de pessoas globalmente. Mais de 50% dos empregadores entrevistados demonstraram interesse em acelerar a automatização de algumas funções em suas companhias, enquanto 43% afirmaram que provavelmente cortariam empregos devido à tecnologia.
Pandemia acelerou automatização
O WEF lembra que a pandemia fez com que empresas buscassem novas formas de trabalhar com custos reduzidos, o que intensificou a adoção de novas tecnologias. Sobre o assunto, a organização alertou que os trabalhadores agora enfrentam uma dupla ameaça: a automação acelerada e as consequências da recessão causada pela covid-19.
“[Esses fatores] aprofundaram as desigualdades existentes nos mercados de trabalho e reverteram os ganhos em empregos obtidos desde a crise financeira global em 2007-2008”, afirmou a diretora-gerente da organização, Saadia Zahidi.
Qualificação será indispensável
Atualmente, cerca de um terço de todas as tarefas de trabalho é feito por máquinas. No entanto, essa proporção vai mudar nos próximos 5 anos. Segundo o relatório, a qualificação se tornará extremamente essencial para aqueles que querem se manter ou se inserir no mercado de trabalho.
Essa virada vai afetar principalmente trabalhadores mal-remunerados e menos qualificados. Diante disso, o WEF defende que os governos devem tomar medidas para proteger os grupos mais vulneráveis. E você, como acha que as autoridades devem lidar com essas mudanças? Compartilhe a sua opinião nos comentários!