Essa estratégia é uma prática comum em âmbito partidário
A alta cúpula do PSDB sul-mato-grossense deve encomendar pesquisas qualitativas e quantitativas para medir a densidade eleitoral de três tucanos, dois dos quais de alta plumagem, interessados nas eleições municipais do ano que vem, para prefeito de Campo Grande.
Além do nome do ex-governador Reinaldo Azambuja, figuram na lista dos pré-candidatos o deputado federal Beto Pereira e o diretor-presidente da Agems (Agência de Regulação de Mato Grosso do Sul), Carlos Alberto Assis.
A leitura que as principais lideranças do partido têm é que esse é o melhor caminho para avaliar estrategicamente o desejo do eleitorado para comandar a prefeitura da Capital nos próximos quadros anos.
Na verdade, essa estratégia é uma prática comum e bem conhecida em âmbito partidário, apesar de Beto Pereira ter sido o foco principal da mídia estadual, até porque saiu na frente de seus correligionários tocando sua pré-candidatura via redes sociais e divulgando seu “trabalho” durante os eventos públicos que tem participado.
Pelas regras, o melhor avaliado pelo eleitorado será o indicado em convenção para concorrer à sucessão da prefeita Adriane Lopes (PP), em 2024, conforme atestam interlocutores palacianos.
Presidente regional do partido, Reinaldo Azambuja nunca manifestou interesse pelo cargo desde que deixou o Parque dos Poderes, mas tem assistido de camarote muita gente dizer que ele é ‘imbatível’ na corrida pelo Paço Municipal, até pelo que fez por Campo Grande durante seus dois mandatos de governador.
ALIANÇA
Após o processo de escolha de seu candidato, a cúpula tucana vai trabalhar pensando numa chapa majoritária composta com partidos aliados visando dar a larga para um de seus maiores sonhos que é conquistar a prefeitura da Capital.
Depois de eleito prefeito da cidade de Maracaju por dois mandatos e ter sido presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), deputado estadual e federal, Reinaldo Azambuja tentou ser prefeito de Campo Grande nas eleições municipais de 2012, terminando em terceiro lugar, com 113.629 votos, ou 25,90% do total apurado, ficando atrás de Alcides Bernal (PP), eleito, e Edson Giroto (PMDB).
Foi a partir daí que Azambuja deu uma arrancada fantástica para a sua ascensão política, conquistando o governo de Mato Grosso do Sul por dois mandatos consecutivos, derrotando, inclusive, velhos caciques políticos do Estado.
ADVERSÁRIOS
Seja qual for o candidato indicado por meio das sondagens de opinião púbica do PSDB, outros nomes figuram como possíveis pré-candidatos, como a própria prefeita Adriane Lopes, o ex-prefeito e ex-governador André Puccinelli (MDB), o deputado estadual Zeca do PT, a superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), o deputado federal Marcos Pollon (PL), entre outros interessados no cargo.
Por Conjuntura Online