Estadão Conteúdo.
O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) mandou a Polícia Federal investigar suposta inclusão fraudulenta de um homônimo do deputado Hélio Negão (PSL/RJ) em inquérito sobre crime previdenciário. Por meio do ofício 1841, desta segunda, 9, encaminhado ao diretor-geral em exercício da PF, delegado Disney Rossetti, o ministro determina ‘a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis’.
A informação sobre a ordem de Moro foi divulgada pelo site O Antagonista e confirmada pela reportagem do Estadão.
A inclusão forjada de um homônimo de Hélio Negão no inquérito teria sido o estopim da crise que derrubou o superintendente da PF no Rio, delegado Ricardo Saadi.
Amigo do presidente Jair Bolsonaro, o deputado não é alvo da investigação. Em agosto, o presidente criticou publicamente Saadi, atribuindo ao delegado problemas de ‘produtividade’.
No despacho dirigido a Rossetti, o ministro da Justiça faz menção à nota publicada no Painel da Folha, na segunda, 9 (‘investigado no Rio seria homônimo de deputado amigo de Bolsonaro’).
“Diante da notícia publicada da aparente inclusão fraudulenta do nome do deputado federal Hélio Negão em inquérito que tramita perante a Polícia Federal do Rio de Janeiro e que teria por objeto condutas de pessoa com o mesmo apelido, isso, segundo a matéria, com o aparente intuito de manipular o Governo Federal contra a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, determino a imediata apuração dos fatos no âmbito administrativo e criminal, com a identificação dos responsáveis”, destacou Moro.
Ele pede a Rossetti que o mantenha informado sobre os desdobramentos da investigação.