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Com 47% das intenções de voto, o prefeito Bruno Covas (PSDB) larga na frente na primeira pesquisa Ibope/ Estadão /TV Globo sobre o segundo turno das eleições em São Paulo. Guilherme Boulos (Psol) tem 35%. Há ainda 4% de indecisos, e outros 14% decididos a votar nulo ou em branco. Se fossem contabilizados apenas os votos válidos (excluídos brancos e nulos e indecisos), o placar seria de 58% a 42%.
A ida de Covas e Boulos para o segundo turno abriu caminho para a volta da polarização social e geográfica que marcou disputas entre PSDB e esquerda no passado, em que o candidato tucano ficava à frente nas áreas mais centrais e o adversário (então do PT), nas periferias.
Até o momento, essa divisão não se manifesta: Covas lidera a pesquisa em todas as faixas de renda. E, diferentemente dos petistas, Boulos não se mostra mais forte entre os mais pobres que entre os mais ricos.
O desempenho do candidato do Psol é similar nos dois extremos das faixas de renda: entre quem ganha até um salário mínimo, tem 35% das intenções de voto. Entre os que ganham mais de cinco mínimos, 33%. Essas taxas se referem aos votos totais, não apenas aos válidos.
A segmentação do eleitorado por idade mostra que Covas também lidera em todas as faixas, com vantagem mais acentuada entre os mais velhos. No grupo com 55 anos ou mais, o tucano tem 54%, o dobro do adversário (27%). A distância entre os dois cai para apenas 8 pontos na parcela que tem de 16 a 24 anos (45% a 37%).
Covas é a opção de quase oito em cada dez dos eleitores que consideram a administração municipal boa ou ótima. Já Boulos não convence tanto os insatisfeitos: apenas metade dos que veem o governo de Covas como ruim ou péssimo estão dispostos a votar no candidato do Psol.
O atual prefeito é considerado por 63% dos paulistanos o vencedor mais provável da eleição. Apenas 25% veem Boulos como favorito na disputa.
Um em cada cinco eleitores afirma que ainda pode mudar a opção de voto, enquanto os demais dizem que a escolha é definitiva.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 18 de novembro. Foram entrevistados 1.001 eleitores, de forma presencial. A equipe do Ibope usou equipamentos de proteção para minimizar o risco de contaminação pelo coronavírus.
A margem de erro máxima é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo sob o protocolo SP-05645/2020.