Apesar das peculiaridades locais, os dois líderes, sem dúvida, terão uma influência muito grande na escolha de prefeitos e vereadores em todo país.
A disputa pela prefeitura de Campo Grande, nas eleições municipais de 2024, deve contar com o protagonismo do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os dois principais líderes políticos do país.
Apesar das peculiaridades locais nos estados e municípios, Lula e Bolsonaro, sem dúvida, terão uma influência muito grande na escolha de prefeitos e vereadores em todo país.
Em Campo Grande, por exemplo, Lula sinaliza apoiar a candidatura do deputado estadual e ex-governador Zeca do PT, de quem é amigo.
Aliás, além de está de olho na prefeitura da Capital, Zeca tem se dedicado também em percorrer os municípios para fortalecer o palanque petista no próximo pleito.
Bolsonaro, por sua vez, flerta com a prefeita Adriane Lopes (PP), que desembarcou recentemente no Progressistas a convite da senadora Tereza Cristina, principal liderança do partido e amiga do ex-presidente da República.
Após decretada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a sua inelegibilidade, Bolsonaro percorre o país articulando o lançamento de candidaturas nos principais centros brasileiros e cidades estratégicas a fim de fortalecer os partidos de direita.
O ex-presidente também poderia apoiar o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), com quem discutiu essa possibilidade em maio deste ano. Nesse caso, frustraria os planos de Tereza Cristina, que trabalha para reeleger Adriane Lopes.
Disputa acirrada
Apesar da influência política das lideranças nacionais, o embate pela prefeitura de Campo Grande tem tudo para ser acirrada, uma vez que envolverá os principais caciques locais, como os ex-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB), duas vezes prefeito da Capital e que aparece bem cotado nas pesquisas de intenções de voto.
Além de Reinaldo, as articulações políticas dentro do PSDB passam pelas mãos do governador Eduardo Riedel, que embora tenha se dedicado mais à sua gestão, certamente dará as cartas durante o processo que culminará na indicação do candidato tucano, tanto na Capital quanto no interior.
No mês passado, a alta cúpula do PSDB defendeu, durante encontro nacional em Campo Grande, o protagonismo nas eleições municipais do ano que vem, quando o partido pretende eleger o maior número de prefeitos e vereadores possível, não apenas em Mato Grosso do Sul, mas em todo o país.
Durante o quarto encontro “Diálogos Tucanos”, o presidente da executiva nacional e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, discutiu com as lideranças locais quais devem ser os planos do partido nas próximas eleições.
Ele ressaltou que o partido quer seguir no protagonismo da política, elegendo novos representantes nos municípios.
Hegemônico no governo do Estado, o PSDB, publicou nota recentemente dizendo que irá contratar pesquisas qualitativas e quantitativas para escolher o seu candidato à sucessão local.
Por enquanto, três nomes estão na lista para serem avaliados nas sondagens de opinião pública, o do próprio Reinaldo Azambuja, e os do deputado federal Beto Pereira e o do diretor-presidente da Agems (Agência de Regulação de MS), Carlos Alberto Assis.
Correndo por fora, surgem os nomes da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), atual superintendente da Sudeco, e do ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB).
Na prática, à medida que o período eleitoral avança, é esperado que o cenário político se torne mais dinâmico e os debates mais intensos e democráticos.
Por outro lado, a população tem o desafio de avaliar criticamente os candidatos e suas propostas, a fim de eleger líderes comprometidos com a transformação positiva das cidades e do Estado.
Por Conjuntura Online