Por Tainá Jara – Campo Grande News
Parte da bancada federal de Mato Grosso do Sul ainda dialoga sobre quem vai apoiar para comandar a Câmara Federal pelos próximos dois anos. O candidato do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Baleia Rossi, conta com parlamentares de mais de dez partidos, mas ainda enfrenta divergências dentro da esquerda.
O principal oponente de Rossi é o deputado Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A eleição está prevista para ocorrer no dia 1º de fevereiro.
Maia conseguiu apoio formal de PT, DEM, PDT, PSB, MDB, Cidadania, Rede, PV, PCdoB, PSDB e PSL. Esses partidos representam 269 deputados. Até o momento, Lira tem apoio de PL, PSD, Solidariedade, Patriota, Avante, Pros e PSC. No entanto, ainda há divergências.
Apesar dos acertos, a bancada estadual ainda não dá como certo o apoio a Baleia Rossi, com exceção do PDT. A deputada Rose Modesto (PSDB) afirma que deve ir a Brasília, no dia 15 de janeiro, para debater o assunto, embora concorde que Rossi e Lira são os grandes nomes na disputa.
“São duas pessoas que eu particularmente tenho uma aproximação grande. É um momento agora que, com certeza, vamos estar analisando mais de perto para retomar essa discussão”, afirmou.
Apesar da inclinação do partido para apoiar Lira, o deputado federal Fábio Trad (PSD) afirma que estão sendo feitas conversas individuais com cada deputado para garantir os votos. “Também vou me reunir com os candidatos. De acordo com as propostas eu vou tomar minha decisão. Não vou me posicionar antes de ouvi-los”.
No PDT, o apoio ao candidato do MDB é dado como certo, conforma o deputado federal Dagoberto Nogueira. Em reunião realizada ontem, no entanto, demonstrou que a esquerda e centro-esquerda ainda não entraram em consenso com relação a votação. As principais divergências estão dentro do PT e do PSOL.
Se o PSOL tiver candidatura própria é só para constranger a centro-esquerda e a esquerda e, por outro lado só beneficia o candidato do governo”, avaliou o parlamentar.
Há divergência também na extrema direita. O PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu presidente, ainda debate os votos. “Os partidos estão divididos”, afirmou o deputado federal Luiz Ovando (PSL).
Os deputados Bia Cavassa (PSDB), Loester Trutis (PSL), Vander Louber (PT) e Beto Pereira (PSDB) não se manifestaram sobre a articulação.