Glaucea Vaccari
O governo federal cortou R$ 13 milhões dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para Mato Grosso do sul.
Queda no repasse foi anunciada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e pegou o Estado de surpresa, tendo em vista que Mato Grosso do Sul tem 1.550 quilômetros de fronteira e bateu recorde de apreensões de droga.
A perda milionária pode prejudicar operações realizadas por forças policiais no Estado.
Secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, irá até Brasília nesta quinta-feira (13), tentar reverter a situação. Ele já encaminhou ofício à Senasp pedindo reconsideração.
Mudanças no Fundo fizeram com que Mato Grosso do Sul caísse 12 posições no ranking de repasse.
Dessa forma, ele deixará de receber R$ 39,5 milhões, a segunda maior fatia, e passará a receber R4 26,4 milhões.
“Penalizar o estado com inexplicável rebaixamento no rateio 2020, rebaixando de 2º para 14º lugar significa ignorar os incomensuráveis esforços de todos os profissionais de segurança pública do estado que diuturnamente trabalham para a cada dia superar os já relevantes índices de enfrentamento da criminalidade”, disse Videira.
“Certamente refletirá nos grandes centros urbanos, pois o enfraquecimento das forças de segurança sul-mato-grossenses significa o afrouxamento do dos obstáculos de entrada de drogas, armas e munições no Brasil”, acrescentou o secretário.
De acordo com dados da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de janeiro a agosto deste ano, polícia apreendeu mais de 424 toneladas de drogas em Mato Grosso do Sul, aumento de 88% em relação ao mesmo período do ano passado.
Desde 2015, as forças policiais estaduais apreenderam 2.057 toneladas de maconha e cocaína, que teriam como destino os grandes centros urbanos nacionais e internacionais.
Com relação a segurança, levantamento apontam que, mesmo fazendo fronteira com o Paraguai e Bolívia, taxa de mortes violentas é abaixo da média nacional e os índices e esclarecimentos de homicídios é dez vezes maior do que a média do Brasil.