Bruna Aquino
As operações da Polícia Federal estão intensas nas fronteiras tanto da Bolívia quanto no Paraguai para desmantelar organizações criminosas especializadas no carregamento e transporte de drogas.
As diversas formas de transportar os entorpecentes não causam mais surpresas à polícia. Por conta da pandemia, causada pelo novo coronavírus, as quadrilhas estão estudando cada vez mais em como ‘escoar’ o produto do tráfico para grandes centros e até o exterior, como forma de “bancar” a ostentação do crime.
Em mais uma ação contra o crime organizado, a Polícia Federal mirou dessa vez, uma quadrilha que tentou transportar carregamento de cocaína de forma cinematográfica. Os criminosos tentaram burlar as barreiras de fiscalização na fronteira seca, passando a carga em barcos pelo Pantanal.
Segundo a PF que deflagrou a operação Paralelos, as investigações revelaram que os criminosos carregavam entorpecentes, mais especificamente cocaína, na área da fronteira e os transportavam pelos rios Paraguai e Taquari até a cidade de Coxim. Entre a origem e o destino da droga, o trajeto ultrapassa 3,7 mil quilômetros. A partir de lá, o entorpecente seguia por rodovias até a Região Nordeste.
A operação conta com a participação de 48 policiais da fase ostensiva e resultou no ‘sequestro’ de mais de R$ 2,9 milhões em bens móveis e imóveis e na suspensão das atividades de duas empresas, ainda não informada pela polícia. No decorrer das investigações, foram apreendidos aproximadamente 257 quilos de cocaína.
Os policiais cumprem nesta quinta-feira (2), nove mandados de prisão preventiva, além de nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Ladário, Ponta Porã, e outros municípios brasileiros como Anápolis (GO), Taguatinga (DF), Parnamirim (RN) e Natal (RN), locais que possivelmente recebiam o tráfico.
NA FRONTEIRA
As operações ainda tem foco nas regiões fronteiriças. Isso porque, no dia 25 de junho, os federais desmontaram quartel-general do PCC na fronteira.
A organização atuava no tráfico internacional de drogas e de armas de fogo. Durante as investigações, a polícia descobriu que os líderes eram foragidos do sistema prisional paulista e que seriam vinculados ao Primeiro Comando da Capital. Eles ocupavam imóveis de alto valor e transitavam em veículos de luxo, adquiridos através da prática de atividades criminosas.
Na operação Exílio, foram apreendidos quatro fuzis, 14 granadas, duas pistolas Glock, sete veículos de luxo, cerca de 50 mil reais em espécie e cerca de 250 kg de maconha. Foi encontrado e capturado um foragido durante as buscas.