Willams Araújo
A leitura que a cúpula do PSDB de Mato Grosso do Sul faz é que a eleição municipal deste ano será diferente de todas devido às mudanças na legislação eleitoral, como por exemplo, o fim das coligações partidárias na disputa pelos cargos proporcionais.
Pelo encaminhamento dado até agora as eleições de outubro devem ser adiadas para novembro, mesmo sob pressão do movimento municipalista em favor da prorrogação do mandato dos atuais prefeitos e vereadores.
A sugestão da CNM (Confederação Nacional de Municípios) é que o próximo pleito seja realizado somente em 2022, coincidindo assim com as eleições para escolha do presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais.
“Estamos realizando esta reunião de forma virtual para sanar dúvidas. Como sabem, esta eleição é diferente de todas. Temos o fim das coligações nas proporcionais, a questão do coeficiente eleitoral e o possível adiamento devido à pandemia. Por isso nos adaptamos para continuarmos dando o suporte a vocês, e esta é a primeira de muitas conversas que teremos no decorrer dos meses”, colocou Sérgio de Paula na primeira reunião do PSDB por videoconferência no último dia 18 e que contou com a participação de 15 representantes e presidentes de diretórios municipais do Estado.
Apesar da pandemia do Covid-19 (novo coronavírus), o comando regional do PSDB tem se articulado com vistas às eleições deste ano, cujo objetivo é eleger o maior número de prefeitos e vereadores possível.
No entanto, o partido ainda não fechou questão em torno do lançamento de candidatura própria em Campo Grande ou apoio ao projeto de reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD), pelo menos publicamente.
Pulverização de candidaturas
O fim das coligações partidárias tende a aumentar o número de candidaturas próprias na capital e no interior nas eleições deste ano em Mato Grosso do Sul.
A proibição de coligações entre os partidos para a disputa de cargos proporcionais entra em vigor este ano após algumas mudanças na legislação eleitoral.
O fim das coligações entre partidos nas eleições proporcionais corrige uma das distorções no atual sistema eleitoral brasileiro.
Em Campo Grande, por exemplo, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) está em pré-campanha à reeleição e, pelas articulações de bastidores não deve enfrentar adversários que coloque em risco seu projeto político, principalmente pelo possível alinhamento com o PSDB do governador Reinaldo Azambuja, que embora disponha de fortes opções tende a abrir mão de candidatura própria.
Ainda indefinido, o MDB dispõe de ao menos três nomes, o do ex-governador André Puccinelli, o da senadora Simone Tebet,e o do deputado estadual Márcio Fernandes, este último devendo ter sua candidatura homologada na convenção do partido.
No PSL,que elegeu o presidente Jair Bolsonaro, destaca-se o deputados estadual Capitão Contar.
O único nome do PP, por enquanto, é o de Esacheu Nascimento.