Por Anahi Zurutuza – Campo Grande News
Uma ambulância que transportava uma paciente com covid-19 no sistema vaga zero (emergência) desapareceu no meio do caminho, em estrada que liga Aral Moreira e Naviraí, no sul de Mato Grosso do Sul. A paciente, Izete Salgueiro, 72 anos, precisava urgentemente de vaga em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Aral Moreira, a ambulância semi-UTI, um veículo Ducato, com placas QAX-3G22, saiu da cidade às 23h36 dessa segunda-feira (4) com destino ao Hospital Municipal de Naviraí, mas até agora não chegou ao destino. Além da idosa, compunham a equipe de socorro, um médico, identificado apenas como Dr. Fernando, um enfermeiro e o motorista da viatura. Já são mais de 12 horas de desaparecimento.
Segundo a secretaria, a notícia de que o transporte da paciente não havia dado certo chegou bem cedo e desde então, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Civil estão mobilizados nas buscas. Um helicóptero também foi acionado para fazer a varredura da rota da ambulância pelo ar.
Trabalhadores da Saúde e familiares também pegaram a estrada à procura de alguma pista ao longo dos cerca de 300 km que separam Aral Moreira de Naviraí, passando por Amambai e Caarapó. Durante as buscas, um veículo Chevrolet Ônix, conduzido por um enfermeiro, capotou e o mesmo foi socorrido para hospital em Caarapó.
Segundo uma familiar de Izete, chove muito na região desde ontem e as pistas estão molhadas. Há a suspeita de que a ambulância tenha caído no Rio Naviraí. “Estão desconfiados que caiu dentro do Rio Naviraí. Se ela tivesse na estrada, estragada, já tinham achado já. Não está na rota, não está”, afirma um outro morador de Aral Moreira, que não quis dar o nome.
Chegou-se a ventilar a possibilidade de sequestro, mas segundo a familiar de Izete, a polícia já ouviu as famílias e nenhum dos tripulantes ou a paciente tem queixas sobre ameaças.
“Pedimos orações a todos para que todos que estão na ambulância estejam bem e possamos localizá-los o mais breve possível”, finalizou a secretaria de Saúde na nota.