Por EFE
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta segunda-feira (6) que pretende declarar nas próximas horas, alerta de saúde em sete províncias, durante um mês, para lidar com o aumento de casos de coronavírus registrados nos últimos dias.
A decisão permitirá que as autoridades locais solicitem que seus cidadãos que evitem deixar suas casas se não for necessário ou exijam que empresas e instituições permaneçam fechadas.
“No caso do Japão, não há confinamento, nem temos essa necessidade, segundo especialistas”, disse Abe em comunicado a jornalistas, antes de entrar em uma reunião de trabalho para discutir o assunto.
Um estado de emergência, na terminologia jurídica japonesa, decorre dos poderes especiais que o Parlamento japonês lhe concedeu no mês passado, mas sua aplicação permanece nas mãos das autoridades locais.
Em vigor em sete províncias
Abe disse que a ideia é declarar o alerta na província de Tóquio e em outros seis, incluindo Osaka e Kanagawa, cuja capital é Yokohama, um dos principais portos do país. Inclui também Chiba e Saitama.
A ideia é que os japoneses, nas regiões mencionadas, evitem concentrações para evitar a propagação do contágio. O transporte público continuará funcionando e as pessoas poderão continuar comprando nos supermercados, insistiu o primeiro-ministro.
Abe não especificou quando a nova lei entrará em vigor, mas a decisão deve ser comunicada a um comitê do Parlamento, que deve ocorrer amanhã, após uma reunião de especialistas em que revise o assunto.
Coronavírus no Japão
O Japão registrou um aumento no número de pessoas afetadas pelo novo coronavírus no último final de semana, chegando a mais de 3,7 mil infectados no total desde o surgimento do surto, embora os dados de hoje apenas mostrem um aumento de 14 novas infecções.
A situação mais preocupante, no entanto, é Tóquio, uma cidade de 14 milhões de habitantes, porque já registrou mais de 1 mil casos confirmados e corre o risco de sobrecarregar seus hospitais.