O deputado federal por Pernambuco adiantou que pretende deixar o PDT; em maio, Tabata Amaral também abandonou a sigla, mas para se filiar ao PSB
O deputado federal Túlio Gadêlha (PE) anunciou no sábado, 18, que vai se desfiliar do PDT, partido pelo qual foi eleito, e migrar para a Rede Sustentabilidade. No mesmo dia, ele participou de uma solenidade da sigla em Recife com a presença do senador Randolfe Rodrigues (AP) e da presidente da sigla, Heloísa Helena.
Segundo Gadêlha, mais de mil pessoas se filiaram à legenda no sábado. Entre eles, disse, estão 30 pré-candidatos a deputado para a próxima eleição. “Com acolhimento, respeito e alegria. Foi assim que nossa turma foi recebida pela Rede Sustentabilidade. Todos com muita esperança em construir um futuro, de preferência, sem Bolsonaro”, escreveu o deputado nas redes sociais.
Dando boas-vindas ao parlamentar, Randolfe publicou foto ao lado dele e de Heloísa Helena. “Em ótima companhia, por um Brasil melhor para todos e todas”, escreveu.
Namorado da apresentadora Fátima Bernardes, Gadêlha não é o primeiro deputado a abandonar o PDT nesta legislatura. Em maio deste ano, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) ganhou na Justiça Eleitoral permissão para deixar o partido de Ciro Gomes sem perder o mandato.
A parlamentar argumentou que decidiu sair da sigla por receber tratamento desigual após votar de forma contrária à orientação da legenda quanto à reforma da Previdência.
Deputados federais não podem abandonar suas siglas sem apresentar justa causa à Justiça Eleitoral. Para permitir novos arranjos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza uma “janela partidária” em anos de eleição. Trata-se de um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. A próxima ocorrerá em março de 2022.
Por Estadão