Um lugar de conexão entre passado, presente e futuro. Assim foi definido o espaço que, a partir desta segunda-feira, dia 30 de janeiro, abriga o Museu do Judiciário de Mato Grosso do Sul, localizado no Palácio da Justiça, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
Mais que inaugurar o museu, o presidente do Tribunal de Justiça, Des. Carlos Eduardo Contar, abriu as portas do TJMS para o público, permitindo que a população conheça o espaço de valorização da história e cultura do Poder Judiciário estadual.
Em seu discurso, o Des. Carlos Eduardo Contar lembrou que está se despedindo do comando da administração da justiça estadual e citou ações que fazem parte das muitas executadas na gestão 2021/2022, ajudando a marcar o caminho para o futuro, na esperança de que o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul continue sendo exemplo para a justiça brasileira.
O presidente ressaltou ainda que o Museu não será um local fechado, voltado a si mesmo. Primordialmente será um acervo a ser resgatado, preservado e resgatado acerca de homens e mulheres que fizeram, fazem e farão a história da Justiça de Mato Grosso do Sul.
“Foi com essa pretensão que iniciamos há dois anos o resgate da memória do Judiciário. São as pessoas que fazem e fizeram o Poder Judiciário de MS, ouvindo magistrados e servidores, gravando audiovisuais, já que ao longo dos 44 anos de existência do Estado de MS, infelizmente quase nada foi preservado. Perdemos muito, deixamos passar, enfim, não temos muito a buscar se não houver a contribuição da sociedade como um todo para o resgate dessa história”, concluiu.
Entenda – Os trabalhos para transformar em realidade o Museu do Judiciário começaram em 2021 com o resgate das diversas peças com valor histórico, que hoje compõem o acervo. Parte delas foi obtida junto às comarcas do interior do Estado, outra parcela com servidores e magistrados que atuaram ou ainda atuam no Poder Judiciário sul-mato-grossense, além daquelas que já estavam sob os cuidados do Departamento de Pesquisa e Documentação do TJMS.
No museu, os visitantes poderão contemplar maquinários antigos que foram restaurados e estão em perfeito estado de funcionamento, bem como poderão visualizar vestes antigas, louças, condecorações, publicações de magistrados e servidores, e processos históricos, como um auto referente à escravidão e o segundo habeas corpus julgado pela Corte do MS.
Ficará ainda no Museu o Sala da Memória, um programa audiovisual idealizado pelo Des. Carlos Eduardo Contar e realizado em parceria entre as Secretarias da Magistratura, Judiciária e de Comunicação do Tribunal de Justiça de MS. No elenco, são ex-juízes, juízes e desembargadores aposentados e desembargadores mais antigos em atividade: sempre visando resgatar e preservar a história da instituição.
Em formato de entrevista, a ideia é propor intimidade desde o cenário, pois o local de gravação geralmente é a sala de estar do convidado, onde ele recebe visitas, socializa, está à vontade, e onde também se nota bastante pessoalidade na decoração. As edições produzidas estão à disposição no canal do Youtube do TJMS (https://www.youtube.com/playlist?list=PLKCakWFN41B-48xtnN_0LQT9njirAQHhw).
O Museu do Judiciário, que ficará aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 12 às 18 horas, é uma homenagem à memória da justiça estadual e daqueles que a compuseram. Por meio dele, preserva-se a história, mantendo-a viva para as próximas gerações.
Livro – Após a abertura do Museu ao público, houve o lançamento do livro ‘Leão de Toga’, um registro histórico do primeiro presidente do Tribunal de Justiça de MS, que traz em riqueza de detalhes os primeiros anos de criação do TJMS e os desafios enfrentados pelo Des. Leão Neto do Carmo.
A obra literária foi escrita pelo filho Wagner Leão do Carmo e reúne memórias acerca da vida pública e privada do Des. Leão Neto do Carmo, após extenso trabalho de pesquisa junto à familiares, amigos e instituições.
Autor da notícia: Secretaria de Comunicação – imprensa@tjms.jus.br