Startup que digitaliza ‘garranchos’ dos médicos, Nexodata amplia negócio e vira Mevo
De cara nova, a Nexodata, startup que digitaliza receitas médicas, anuncia nesta segunda-feira, 28, novo visual e amplia o modelo de negócio: de agora em diante, a companhia, fundada em 2017, se chama Mevo e tem como foco também a utilização das receitas para a criação de novos produtos.
O primeiro dos novos serviços a serem lançados em breve é a integração da plataforma de receitas com e-commerce de farmácias, tudo na mesma interface do aplicativo da Mevo. O objetivo, diz a startup, é descomplicar a vida do consumidor ao unir diferentes experiências em uma única tela.
Até então, o modelo da startup, nascida pelas mãos de Lucas Lacerda e Pedro Dias (também fundadores da companhia de telemedicina Vitta, comprada pela Stone em 2021), consistia em eliminar o garrancho de médicos e permitir que receitas fossem enviadas digitalmente ao paciente. Além de eliminar ruídos na comunicação entre os profissionais, problemas de auditoria de receita também são eliminados.
Para a nova fase, a Mevo, que diz ter emitido mais de 6 milhões de receitas, não descarta levantar nova rodada de investimentos para aumentar capitalização, como prova do aquecimento do setor de “healthtechs” (startups da área da saúde) desde a eclosão da pandemia de covid-19. “A necessidade de se ampliar os atendimentos remotos fez todo o setor assistir a um avanço exponencial em telemedicina. E aí vimos o número de pacientes atendidos por nossa tecnologia de receita digital crescer 11 vezes nos últimos 12 meses”, explica Dias.
Além da Mevo, uma concorrente do setor é a Memed. Atuando em terreno pantonoso quanto à regulamentação de receitas digitais, ambas aguardam avanços na legislação para atuar com mais tranquilidade.
Por Guilherme Guerra