Matteo Berrettini e Casper Ruud são apontados como favoritos, enquanto Thiago Monteiro e Felipe Meligeni esperam surpreender; torneio começa nesta segunda no Jockey Club Brasileiro, na zona sul carioca
Depois de um ano suspenso por causa da pandemia, o maior torneio de tênis da América do Sul volta a movimentar o Rio de Janeiro. Com dois tenistas entre os top 10 no ranking da ATP, o Rio Open abre sua chave principal nesta segunda-feira e espera receber 50 mil pessoas até domingo, quando será disputada a final. Como acontece desde a primeira edição, o torneio será disputado no Jockey Club Brasileiro, na zona sul carioca.
Como nomes como o do italiano Matteo Berrettini (7º no mundo) e do norueguês Casper Ruud (8º do ranking da ATP), a expectativa dos organizadores é por uma competição acompanhada de perto por grande público. Segundo a organização, todos os ingressos colocados à venda foram comercializados com antecedência. Chamou a atenção também a mudança no perfil: pela primeira vez, a maioria dos torcedores (65%) será formada por pessoas de fora do Rio, sobretudo paulistas.
Na avaliação de Marcia Casz, diretora geral do Rio Open, a alta procura por ingressos é reflexo de dois fatores: a vontade em se ter uma vida normal após quase dois anos de pandemia, e o retorno da competição depois da interrupção no ano passado.
“A gente está com aquela sensação de estreia, lembra um pouco a primeira edição. É emocionante voltar à ativa. Nosso objetivo é fazer um grande evento, cumprindo todas as obrigações sanitárias e trazendo de volta um torneio que fez falta ao Rio de Janeiro. O Rio Open já faz parte da alma da cidade”, diz a diretora.
Marcia ressalta também a importância da competição do ponto de vista econômico. “O Rio Open tem papel importante para as finanças da cidade. Ele injeta mais de R$ 100 milhões na nossa economia ao trazer um turismo qualificado, que movimenta hotéis, restaurantes e diversos outros setores. O torneio tem uma veia turística muito importante”, destaca.
ESTRUTURA
O Rio Open será disputado em uma estrutura formada por nove quadras de saibro. A principal delas fica no estádio central – batizada de Quadra Guga Kuerten – e tem capacidade para 6.200 pessoas.
Como acontece tradicionalmente, o torneio também conta com o Leblon Boulevard, área que oferece espaço para food trucks de renomados restaurantes, bares, lojas e ativações de patrocinadores. Há ainda a Praça Rio Open, onde acontecem apresentações musicais.
O acesso ao torneio só será permitido a pessoas que comprovarem o esquema vacinal completo contra a covid-19. “Estamos fazendo uma operação enorme. Vai ter muita gente fazendo esse controle de acesso, fizemos muito treinamento voltado a isso nos últimos meses”, afirmou Marcia. Nas últimas semanas, a organização tem feito campanhas nas redes sociais reiterando a obrigatoriedade do comprovante de vacinação.
BRASILEIROS
Thiago Monteiro e Felipe Meligeni, tenistas garantidos na chave principal, se deram bem no sorteio da semana passada, de modo a não enfrentar na estreia cabeças de chave. Ambos enfrentam rivais vindos do qualifying. ” Normalmente a gente já sabe o adversário, mas agora é esperar esses dois dias, observar os possíveis rivais e se preparar bem para a estreia”, disse Thiago Monteiro.
Se vencer na primeira rodada, Thiago pode enfrentar Matteo Berrettini na segunda partida. O italiano, que é número 7 do mundo, folga na primeira jornada. Não seria a primeira vez que o tenista brasileiro se daria bem diante de um rival top 10 no Rio. Em 2016, ele superou o francês Jo-Wilfried Tsonga, na época número 9 do ranking.
Se avançar, Felipe Meligeni enfrenta o vencedor da partida entre Lorenzo Sonego e Laslo Djere. O tenista sérvio conquistou o Rio Open em 2019. A chave principal do Rio Open começa nesta segunda-feira, a partir das 16h.
Por Marcio Dolzan