Há 30 anos, Mike Tyson ouviu da juíza Patricia Gifford a sentença de seis anos de prisão por estupro da modelo Desireé Washington ocorrido em julho de 1991, durante o concurso de Miss America Negra.
Os advogados do ex-campeão mundial tentaram que a pena fosse cumprida em liberdade condicional, mas não tiveram sucesso. Os meio de comunicação davam como encerrada uma carreira meteórica, na qual o boxeador, em 1986, havia se tornado, aos 20 anos de idade, o mais novo campeão mundial dos pesos pesados.
Em 1995, Tyson deixou a prisão, em liberdade condicional, após cumprir metade da pena por causa de bom comportamento. Ele foi recepcionado por várias celebridades na porta do presídio, entre elas o promotor Don King.
Tyson se converteu ao islamismo e adotou o nome Mali Abdul Aziz. Ao sair da prisão foi se encontrar em uma mesquita com o ex-boxeador Muhammad Ali, também muçulmano.
Tyson voltou aos ringues cinco meses depois, foi campeão mundial novamente em 1996, mas perdeu no final daquele ano para Evander Holyfield.
Em 1997, teve a revanche com Holyfield, mas perdeu a luta e a credibilidade ao morder as orelhas do adversário. Lutou até 2005, mas nunca mais voltou a ser campeão.
Atualmente, goza de grande prestígio, faz comerciais, participa de programas de TV, internet, cinema e mora com a mulher e três de seus filhos.
Já a modeo Desireé Washington jamais foi vista novamente na mídia.
Por Wilson Baldini Jr.