Acordo inclui 110 músicas inéditas, além de um novo álbum e vídeos de arquivo
Bob Dylan. Bruce Springsteen. Paul Simon. Neil Young. Stevie Nicks. Todos venderam seus catálogos de música no último ano e meio por grandes somas, parte de uma ampla transferência da propriedade da música de uma geração de artistas para corporações e investidores.
Mas ainda resta algum grande catálogo? Um gigante estava escondido à vista de todos: Neil Diamond, 81, cantor e compositor de sucessos onipresentes como Sweet Caroline, Song Sung Blue e Cracklin’ Rosie.
A Universal Music Group anunciou na segunda-feira, 28, que adquiriu todo o catálogo de composições da estrela, bem como os direitos de suas gravações. Os termos financeiros do negócio não foram divulgados.
O trabalho de Diamond como compositor é particularmente valioso, não apenas por suas próprias gravações, mas pelas muitas versões cover de suas músicas que se tornaram sucessos de outros artistas, como I’m a Believer dos Monkees, Red Red Wine na versão de UB40 e a de Urge Overkill para Girl, You’ll Be a Woman Soon, na trilha sonora de Pulp Fiction, de Quentin Tarantino.
A música You Don’t Bring Me Flowers, escrita por Diamond com Marilyn e Alan Bergman em 1977, teve uma notável vida dupla. Após a versão solo de Diamond, Barbra Streisand fez um cover em 1978, e DJs de rádio costuraram um dueto dessas duas gravações; uma edição oficial foi lançada no final daquele ano e foi para a ponta das paradas de sucesso.
Em 2018, Diamond anunciou que tinha doença de Parkinson e estava se aposentando das turnês.
O acordo da Universal para as gravações de Diamond inclui 110 faixas inéditas, um álbum inédito e vídeos de arquivo. A empresa também tem os direitos de qualquer nova música que Diamond venha a gravar.
Assim como a recente aquisição pela Universal dos direitos de composição e gravação de Sting – ou o acordo da Sony com Springsteen -, o acordo com Diamond une os dois lados: o trabalho de um artista top com uma única empresa. Os direitos autorais para gravações e composições, também conhecidos como publicação de música – que incluem letras, melodias e elementos estruturais básicos de qualquer composição – são separados.
Em um comunicado, Diamond elogiou os executivos da Universal, incluindo o CEO Lucian Grainge, e disse estar confiante de que a empresa “continuará a representar meu catálogo e futuros lançamentos com a mesma paixão e integridade que sempre alimentaram minha carreira”.
Por Ben Sisario