Partido dos Trabalhadores quer palanque forte para Lula em MS e dobrar número de cadeiras de parlamentares
Inegavelmente um dos maiores partidos do País, o PT sempre levanta fervorosas discussões por sempre encabeçar as discussões da esquerda brasileira e, sendo assim, encontrar ferrenha oposição de estruturas constituídas há tempos.
Em um contexto histórico, o partido experimentou um leve néctar do poder, ficando à frente da Presidência da República entre os anos de 2003 e 2016, período em que o Brasil foi comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (2002 a 2010) e Dilma Rousseff (2011 a 2016).
Esse lapso temporal foi o suficiente para que escândalos diversos estourassem na alta cúpula governamental e manchassem a reputação não apenas petista, mas de toda a esquerda recém-chegada ao poder da nação. Ainda assim, a sigla segue à frente da esquerda e é uma das mais fortes em um emaranhado político.
É usando desse potencial que o ano de 2022 é visto como de refortalecimento para o PT, buscando manter forte sua bancada na Câmara Federal e no Senado, além de continuar como uma das legendas a ocupar o maior número de cadeiras de chefe de Executivo estadual no País – ao todo, são quatro hoje.
Em todo esse contexto nacional, que tem como prioridade eleger Lula novamente presidente, se possível já no primeiro turno, Mato Grosso do Sul tem lá sua relevância, afinal, votos, mesmo que poucos, não podem ser desperdiçados em um período de intensa polarização e acirramento de ânimos como agora.
Aqui, a cúpula petista projeta criar um palanque forte para Lula, mesmo sabendo da força que o rival Jair Bolsonaro (PL) possui na região.
“Queremos dobrar nossa representação tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara em Brasília”, explica o presidente regional da sigla, Vladimir Ferreira, ao Correio do Estado. Atualmente, o PT conta com dois deputados estaduais, Amarildo Cruz e Pedro Kemp, e um deputado federal, Vander Loubet.
Questionado sobre quem seriam os candidatos ponta de lança, ou seja, nomes que a legenda mais aposta para angariar votos e alcançar os objetivos traçados, ao menos quatro foram citados na disputa por duas das oito vagas na Câmara. Um deles, obviamente, é Vander, prioridade.
“Vamos lançar novamente o professor Jaime [ Teixeira, presidente da Fetems e atualmente suplente de Vander]. Tem também o filho do Cabo Almi, o Flavio, que vai entrar na política por meio desse capital, desse legado deixado pelo pai. Outra aposta da nova geração é a vereadora Camila [Jara, única mulher da Câmara Municipal de Campo Grande], que apresenta grande potencial e a queremos nessa luta conosco até outubro”, explica.
O dirigente petista ainda promete que terá chapa completa, ou seja, com 25 candidatos à vaga na Assembleia em condições de angariar votos suficientes para alçar o partido a bons resultados nas urnas, além de nove para a disputa por espaço na Câmara dos Deputados.
Flavio Almi, que já usa a alcunha de Flavio Cabo Almi, deixa assim bem claro que está pronto para a disputa, inclusive, contando com o apoio do vereador Ayrton Araújo, também do PT. Jaime também já se confirmou no páreo.
A única indecisa nesse grupo é Camila Jara, que revelou à reportagem recentemente que ainda precisa analisar o projeto alçado a ela nesse ano.
Por Correio do Estado