Em dois anos de pandemia a demanda nas áreas de ciência, tecnologia e inovação levou os gestores públicos a rever os planos de investimentos.
Em dois anos de pandemia a demanda nas áreas de ciência, tecnologia e inovação levou os gestores públicos a rever os planos de investimentos. Em Mato Grosso do Sul o PPA (Plano Plurianual de Investimentos) também passou por ajustes, em razão do dimensionamento dos impactos da Covid-19, que só foi possível depois de um ano da pandemia e chegada da vacinação.
Além do aumento dos investimentos principalmente em saúde e segurança pública, ficou escancarada a falta de recursos para a ciência, pesquisa, tecnologia e inovação, áreas que até então estavam mais voltadas à economia.
Na medida que a pandemia avançou, com velocidade espantosa, por causa da globalização, as lacunas de informação foram mostrando não só a falta de conhecimento sobre a doença – taxas de letalidade, potencial de transmissão, tratamento, efeitos e sequelas no organismo – como também a falta de investimentos na ciência, uma das palavras mais faladas na pandemia.
Pesquisadores e cientistas, no mundo todo, em muitos casos a partir de uma boa coordenação governamental, se mobilizaram para estimar tanto os efeitos da doença sobre a saúde da população quanto os impactos econômicos e sociais dessa pandemia, de modo que a necessidade de aporte de recursos na área científica ficou mais evidente.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, em Mato Grosso do Sul todos os esforços no enfrentamento da pandemia foram bem-sucedidos, porque não houve negacionismo e o governo sempre acreditou na ciência. O orçamento da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de MS) é de R$ 44,3 milhões. No ano passado foram investidos R$ 34,3 milhões.
O presidente do comitê gestor do enfrentamento à Covid-19, secretário Eduardo Riedel, lembra que o diálogo foi fundamental, a articulação com os municípios e, como era uma situação nova, os exemplos tomados em outras regiões e países, também ajudaram. “Era algo novo e tudo foi muito desafiador. Atuamos tendo o diálogo como premissa e seguindo a ciência”.
Segundo Eduardo Riedel, o fato de Mato Grosso do Sul ter “praticamente zerado” algumas obrigações fiscais, colocado as contas em dia, o Estado tinha espaço para planejar e se preparar ao enfrentamento do coronavírus. “Extraímos muitas lições e hoje se conclui que planejar é fundamental”, diz, lembrando que o Estado foi um dos primeiros a criar um centro de operações específico para o enfrentamento da covid-19, uma medida que foi tomada logo no início, fato que contribuiu para o êxito das ações de combate a uma doença desconhecida.
Por Conjuntura Online