A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal instaurou uma investigação para apurar as suspeitas de repasses irregulares de recursos do Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a municípios ligados ao gabinete paralelo de pastores na pasta, conforme revelou o Estadão. O inquérito foi aberto na última quinta-feira, 24, com base nas informações enviadas pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Ainda ontem, a CGU informou ao Estadão ter encaminhado “relatórios produzidos” e “evidências coletadas” durante uma instrução preliminar aberta em agosto para apurar a atuação de pastores no MEC mediante a cobrança de propina para liberação de verbas. Como mostrou o Estadão, o governo Jair Bolsonaro precisou de sete meses de uma apuração preliminar e de uma semana de denúncias na imprensa para encaminhar à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal suspeitas de um esquema de cobrança de propina, até em ouro, em troca da liberação de recursos da Educação.
Por Weslley Galzo e Breno Pires