Lideranças partidárias devem se reunir novamente no início de maio para tomar decisões.
Representantes regionais dos cinco partidos se reuniram nesta quinta (21), em Campo Grande, para discutir cenário pré-eleitoral e viabilidade de atuação conjunta, inclusive com possibilidade de construir chapa única entre os partidos para o Governo do estado.
A Federação entre PT, PV e PCdoB já foi definida em âmbito nacional e o grupo está se articulando nos estados. No Mato Grosso do Sul, o PT está apresentando a pré-candidatura de Giselle Marques ao governo mas há outros nomes à disposição dentro da Federação. Já PSOL e Rede iniciaram recentemente diálogos e querem apresentar chapa completa de candidatos à ALEMS e à Camara Federal, mas ainda não apresentaram nomes oficias aos cargos majoritários (Governo e Senado).
Para o Partido dos Trabalhadores, uma aliança entre as federações representa um esforço do campo progressista com potência para oferecer uma alternativa à população sul-mato-grossense, além de um palanque regional mais amplo para a candidatura de Lula.
Enquanto isso, o PSOL defende um programa político eleitoral de enfrentamento às desigualdades, o bolsonarismo e os aliados de Bolsonaro no Mato Grosso do Sul. Para o dirigente estadual da Rede, Eidson Brito, o diálogo entre as federações pode potencializar as campanhas de deputado estadual e federal, tendo em vista que essa é a prioridade do partido na disputa. Marcelo Bluma, do PV, acredita que a unidade no campo progressista possibilita a disputa da base eleitoral de Lula no estado e isso fortalece os partidos envolvidos.
Iara Gutierrez, Presidente do PCdoB, acredita que o diálogo entre as federações precisa ter compromisso com o fortalecimento de todos os partidos envolvidos, principalmente os menores, tendo em vista as dificuldades impostas pela legislação e a cláusula de barreira.
Segundo o Presidente Estadual do PT, Vladmir Ferreira, será um grande avanço para o campo progressista no Mato Grosso do Sul formar uma coligação majoritária entre os cinco partidos e percorrer o estado apresentando à população saídas para a crise econômica.
Margila Leal, presidente do PSOL, acredita que a construção de uma frente no campo progressista é necessária para enfrentar os retrocessos em âmbito estadual e nacional. Ela destaca que, nesse processo, os partidos não podem perder suas identidades e o programa.
não pode ter concessões a interesses que vão contra as bandeiras de luta da esquerda.
Além já dos citados, também participaram da reunião o Deputado Federal Vander Loubet (PT), o Secretário de Assuntos Jurídicos do PV, Murilo Bluma, o Secretário de Finanças do PSOL, Lucien Rezende e o Secretário Geral do PSOL, Franklin Schmalz.
Os representantes das federações encaminharam avançar os diálogos e devem se reunir novamente no início de maio para tomar decisões.
Por Conjuntura Online