De acordo com o governo, a estimativa é escoar 450 mil toneladas em 2022
Considerada um importante hub logístico e entrada da Rota Bioceânica, Porto Murtinho começa a operar seu maior terminal portuário com a primeira exportação de soja deste ano para a Argentina pela Hidrovia do Rio Paraguai. Após paralisação da navegação no segundo semestre de 2021, por conta da seca na bacia do Pantanal, a FV Cereais iniciou no último sábado (26) o carregamento de um comboio de 12 barcaças com 23 mil toneladas.
A retomada do transporte hidroviário em Mato Grosso do Sul iniciou-se em janeiro, com a saída de minério de ferro do Morro do Urucum, em Corumbá, pelo porto da Granel Química, que fica no município vizinho de Ladário. Na sequência, com a elevação do nível do rio em Porto Esperança, a Vale ampliou a capacidade de exportação a partir do seu terminal Gregório Curvo. Dependendo das condições de navegação, os portos estimam operar até setembro.
Com a concentração de chuvas com maior intensidade nas cabeceiras do Rio Paraguai, em Mato Grosso, as perspectivas de movimentação de cargas pela hidrovia são maiores do que nos últimos dois anos, período de seca intensa na região. Este ano, o nível do rio chegou a 4,69m na régua de Cáceres (MT), superior a 2019-2021, com estimativa de atingir acima de 3m em Ladário, no meio do ano. Em 2019, Ladário teve a máxima de 3,92m, e Porto Murtinho, 4,16m.
A FV Cereais reiniciou as operações com um volume de carga para navegar com calado de oito pés (2,43m), enquanto a régua do Rio Paraguai no local registrava 2,66m. O terminal projeta exportar 450 mil toneladas de soja em fase de contratação. A Granel Química opera a partir de um calado de sete pés (2,10m), superior em relação a régua oficial, instalada na Marinha, logo acima, onde o rio está a 1,80m, e deve movimentar 2 milhões de toneladas de minério de ferro.
Por Conjuntura Online