Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Professores da rede pública estadual de São Paulo fizeram uma carreata na manhã do último dia (29) contra a volta às aulas presenciais, que, segundo o governo paulista, deve ocorrer a partir de 8 de setembro. O ato ocorreu na zona sul da capital paulista, próximo ao Estádio do Morumbi, e reuniu docentes de todo o estado.
Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que organizou a carreata, não há condições nem segurança sanitária para a retomada das aulas presenciais, já que faltam funcionários e até papel higiênico nas escolas.
Os docentes cobram também pagamento de salário e auxílio emergencial aos professores temporários, remunerados apenas pelas horas trabalhadas. Como não está havendo aulas durante o período de quarentena, esses servidores estão sem salário.
Em resposta à reivindicação dos professores, o governador João Doria disse que a Apeoesp “tem viés político extremado” e que há diálogo permanente por parte do estado. O grupo tentou seguir até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado, mas foi impedido por bloqueios da Polícia Militar (PM).
“Em relação a professores temporários é circunstância. Não faz sentido que dinheiro público seja utilizado para pagar quem não está trabalhando. São ônus de uma pandemia que afeta todo o setor produtivo de um país”, disse o governador.