Por Gabrielle Tavares
Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) doou 1.403 aparelhos celulares apreendidos em unidades penais de regime fechado da Capital para estudantes da rede pública da Capital acessarem as aulas durante o ensino remoto.
Os aparelhos seriam destruídos, mas através do projeto “Transforme”, os alunos que não possuem acesso às tecnologias receberão as doações. A ação foi idealizada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio da 50ª Promotoria de Justiça.
Os alunos do curso de Análise de Sistemas da Faculdade Estácio de Sá serão responsáveis por realizarem a higienização e formatação dos celulares, além da configuração para o uso escolar.
“Iremos fazer isso o mais rápido possível, para que estejam com as crianças que precisam o quanto antes”, afirmou a diretora-geral da faculdade, Danieli Marcondes Biacio.
A distribuição será feita pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), os alunos beneficiados serão escolhidos por meio de uma triagem.
“Mesmo com a previsão de retorno híbrido das aulas, a partir do dia 19 de julho, as atividades remotas vão continuar. E, para aqueles que ficarão em casa, será essencial ter o aparelho, para assistirem aos vídeos e realizar as atividades”, explicou a Secretária Municipal de Educação, Elza Fernandes.
Após as apreensões, os aparelhos passariam por um processo de investigação e de inteligência, para posteriormente serem descartados.
“Identificamos que esses celulares não tinham utilidade e firmamos essa parceria para beneficiar alunos que precisam de acesso a essa tecnologia. É uma cooperação que começa agora, mas que, com certeza, terá um grande benefício”, disse a promotora de justiça, Jiskia Trentin.
A ação foi inspirado no Projeto “Alquimia II”, do Ministério Público do Rio Grande do Sul.