Por Daiany Albuquerque
As aulas presenciais nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul continuam suspensas neste mês de maio.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SED), a avaliação tem sido feita mês a mês, e neste foi decidido pela manutenção das atividades remotas.
De acordo com a Pasta, ainda não se sabe se haverá ensino presencial neste primeiro semestre, já que as aulas serão paralisadas no dia 2 de julho para o recesso escolar do meio do ano. As atividades só serão retomadas no dia 16 do mesmo mês.
Outro ponto que também está sendo levado em consideração é o porcentual de trabalhadores da saúde vacinados no Estado.
Na semana passada, Campo Grande iniciou a vacinação dos profissionais desse grupo e até agora, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), 5.765 pessoas dessa categoria – entre professores, equipe pedagógica, diretores, secretários e setores administrativos – já tomara a primeira dose da AstraZeneca.
Conforme a SED, ao todo são 20 mil profissionais ativos da Rede Estadual de Ensino, entre professores, administrativos e gestores escolares, já na Rede Municipal de Ensino (Reme) são aproximadamente 13 mil contanto administrativos, professores, agentes patrimoniais, diretores, entre outros.
Hoje, serão vacinados em Campo Grande trabalhadores da área de educação com 40 anos ou mais, tanto do Ensino Básico, como do Ensino Superior.
Este ano, as aulas foram retomadas no dia 1º de março, com um acolhimento feito de forma presencial nas escolas, para que alunos novos e professores se conhecessem.
Uma forma de avaliar em que estágio aquele estudante estava. Depois disso, todas as atividades passadas foram feitas de forma remota.
As aulas na Rede Estadual de Ensino estão desta forma desde o dia 23 de março de 2020, quando os primeiros casos de Covid-19 foram registrados em Mato Grosso do Sul.
A SED tinha expectativa de que elas fossem retomadas de forma híbrida no início desde ano letivo, mas o agravamento da pandemia dificultou esse retorno.
A secretaria, porém, afirma que, desde o ano passado, criou um mecanismo para tentar reduzir os impactos do ensino a distância.
Dessa forma, foi criado um plantão tira dúvidas, que é feito por meio de agendamento na escola em que o aluno estuda. Ele pode usar ferramentas da escola – como computador – e conversar com professores.
Professores
Segundo dados da Federação de Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), a maioria dos trabalhadores da área concursados têm mais de 35 anos, entretanto, no caso dos professores contratados, muitos estão abaixo dessa faixa etária.
O sindicato avalia positivamente o início da vacinação em Campo Grande, por ser onde há a maior concentração de profissionais da educação no Estado.
Porém, para o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, o retorno presencial só deve acontecer quando todos os docentes estiverem com as duas doses aplicadas.
“Nós temos alguns municípios do interior que já estão com a vacinação bem adiantada, como São Gabriel e Japorã, onde quase todos os professores já foram vacinados. Nesse ritmo, imaginamos que até fim de maio todo o contingente de trabalhadores da educação, nas três esferas, estadual, municipal e federal, estarão vacinados”, coloca.
“Mas só a partir do momento em que as duas doses forem aplicadas é que será factível a discussão da volta às aulas”, argumenta Teixeira.
Segundo a SED, a questão da vacinação é um dos pontos levados em consideração para um retorno, mas a Pasta não confirmou que a volta será somente após a imunização por completo de seus profissionais.