Por Ricardo Campos Jr
Competitividade é a palavra que define o quanto uma localidade é capaz de atrair e manter organizações e investidores no seu território, fazendo com que a economia cresça e traga junto com ela desenvolvimento humano e de infraestrutura. Um ranking divulgado nessa quinta-feira (19) mapeou o grau de competitividade dos municípios brasileiros, contando com alguns representantes de Mato Grosso do Sul.
O estudo foi coordenado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base em uma complexa que metodologia que leva em consideração vários fatores e indicadores como funcionamento da máquina pública, acesso à saúde, acesso à educação, formalidade do mercado de trabalho, inovação e dinamismo econômico.
A existência, ausência ou ineficácia desses fatores é o que ajudarão a tornar um município mais ou menos atrativos a investimentos. Quando há melhoras nesses aspectos, cada vez mais companhias poderão se interessar em se instalar e gerar mais impostos para fazer girar a máquina pública.
“Em um ambiente onde existe a competição saudável entre pessoas e organizações, é natural que ocorram maiores incentivos para a excelência de resultados, bem como para a inovação em instrumentos e métodos que possibilitem a superação de desafios”, afirma o CLP.
O Estado não teve nenhuma cidade no top 50 da lista. Campo Grande foi a melhor posicionada e ela só aparece na 93ª colocação da lista com uma pontuação geral de 52,81. São Paulo, que foi a capital melhor colocada na lista, teve resultado de 61,91 pontos, seguida de Florianópolis (61,68), Curitiba (60,64), Vitória (60,41), Porto Alegre (59,11), Belo Horizonte (58,94), Palmas (54,18), João Pessoa (53,98), Rio de Janeiro (53,92) e Goiânia (52,86).
Ser competitivo é importante para atrair negócios – Freepik
Isso levando em consideração apenas as cidades centrais de cada estado, pois o município mais competitivo no Brasil inteiro é Barueri, com 64,33 pontos.
O que pesou no desempenho da capital sul-mato-grossense foi o quesito economia, que rendeu 33,92 pontos. O instituto levou em consideração a razão entre a quantidade de pessoas inscritas no Cadastro Único e a população do município, a razão entre a quantidade de empregados em atividades formais e a população acima de 15 anos, crescimento nos postos de empregos formais, entre outros.
Três Lagoas foi a segunda cidade do Estado a figurar na lista. Ela aparece em 111º lugar em comparação aos demais municípios do país que somaram pontos suficientes para ficar no ranking. Conhecida como polo de celulose, a cidade do bolsão obteve pontuação geral de 51,35.
Dourados, a segunda maior cidade sul, foi a terceira no “ranking estadual” e a 192ª na listagem nacional. O município somou um total de 47,61 pontos. O menor valor, que ajudou a puxar a média para baixo, também foi o quesito economia, que resultou em 29,52.
Corumbá ficou em 289ª na colocação geral, com pontuação de 42,63 e Ponta Porã, localizada na região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, somou 40,92 pontos e ficou em 318º lugar na lista.
O ranking da CLP levou em consideração somente as 405 cidades brasileiras mais competitivas. Além de não entrar entre as cinquenta melhores, somente as maiores cidades do Estado apareceram, indicativo de que ainda é preciso caminhar bastante para alcançar níveis que façam as localidades alavancarem.