Por Eduardo Miranda
Depois combater o abuso nos preços do álcool em gel e firmar acordo para venda do ítem pelo preço de custo, a Superintendência de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Procon) passou a combater abuso nos supermercados de Campo Grande, um dos poucos setores autorizados a funcionar normalmente neste período de isolamento social, para evitar o alastramento do novo coronavírus na cidade.
O superintendente do Procon no Estado, Marcelo Salomão, disse que um excesso de denúncias de aumento de preços injustificados no preço dos alimentos levou os fiscais do órgão de defesa do consumidor a visitar pelo menos cinco supermercados e hipermercados da Capital ontem.
Salomão conta que no atacarejo Assaí, conseguiu reduzir o preço da cartela com 30 ovos de R$ 16,90 para R$ 14,90, e em uma das lojas do Atacadão, reduziu o preço da mesma cartela de R$ 15 para R$ 12,90.
“Foram vários preços que não se justificavam. A farinha de trigo, por exemplo, conseguimos baixar em dez centavos. O feijão caiu de R$ 6,49 para R$ 5,39 e o arroz caiu R$ 12,25 para R$ 11,99”, revelou Marcelo Salomão.
Os fiscais também encontraram abusos não somente nos supermercadistas, mas também nos fornecedores. “Há aumentos inexplicáveis de alguns preços. Não há entressafra, não há problemas climáticos. Não existe explicação”, afirmou.
INQUÉRITO
Por causa do aumento repentino de preços em toda a cadeia de produtos alimentícios, Salomão também revelou que abrirá um inquérito para apurar os motivos dos aumentos no preço dos alimentos. “Neste período em que os supermercados são um dos poucos estabelecimentos abertos, é importante que o consumidor fique atento”, alertou o diretor do Procon.
Salomão ainda lembrou que os consumidores devem ser comedidos nas compras. “Não há necessidade de fazer estoque. Fazer estoque em situações como esta, favorece os abusos de preços, porque interfer na demanda e na oferta de produtos”, lembra.