Por R7
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de aluguel vigentes no Brasil, subiu 4,10% em maio, de acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A alta mensal corresponde a uma forte aceleração em relação ao avanço de 1,51% registrado em abril.
Nos acumulado dos últimos 12 meses, o indicador teve crescimento de 37,04%, percentual que será usado para reajustar as locações com vencimento em junho.
Significa dizer que os inquilinos que pagam um aluguel de R$ 1.000 passarão a ter de desembolsar R$ 1.370,40 (+R$ 370,40) todos os meses para seguir morando no mesmo imóvel. Para evitar o reajuste significativo, a dica é renegociar o aumento diretamente com o proprietário do imóvel.
Para se ter uma ideia da aceleração do indicador, em maio de 2020, o índice havia subido 0,28% e acumulava alta de 6,51% em 12 meses.
Conforme o responsável pela pesquisa, André Braz, os preços de commodities importantes voltaram a pressionar a inflação ao produtor, o que impacta diretamente no cálculo do IGP-M.
“Em maio, o IPA [Índice de Preços ao Produtor Amplo] avançou 5,23%, sob forte influência dos aumentos registrados para minério de ferro (de -1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (de 3,43% para 18,65%) e milho (de 8,70% para 10,48%). Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA, cuja taxa foi de 5,23%”, explica o Coordenador dos Índices de Preços.
Além do IPA, outros indicadores que compõem o cálculo do IGP-M também ganharam ritmo. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,61% em maio, ante 0,44% em abril. E o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) acelerou 1,80% neste mês em relação ao 0,95% de abril.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial (IPCA), que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.