Por SCOT CONSULTORIA
Segundo o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, houve aumento de 35% na área de produção do país entre 1977 e 2012O agronegócio é responsável pela geração de 37% dos empregos no país. A afirmação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, feita durante uma palestra ministrada neste mês em Alcinópolis, em Mato Grosso do Sul. Segundo a entidade, o setor chegou a responder por 80% das exportações dos produtos sul-mato-grossenses e cresce em torno de 21% ao ano.
Riedel também destacou a importância da utilização de novas tecnologias no segmento e caracterizou a ação como aliada para o desenvolvimento da agropecuária, enfatizando o impacto no desenvolvimento econômico gerado pela atualização frequente.
– Antes, o povo brasileiro tinha que exportar alimentos. Hoje, graças às novas tecnologias, isso mudou. Se fizermos um comparativo entre 1977 e 2012, houve aumento de 35% na área de produção do Brasil, e hoje nosso mercado consumidor é forte e exportamos muito, ou seja, ganhamos espaço – ressaltou o presidente da federação.
Recorde nas exportações
As exportações também demonstram o cenário positivo do setor no país. Pela primeira vez na história, as vendas internacionais do agronegócio ultrapassaram a cifra dos US$ 100 bilhões anuais. O Brasil exportou US$ 100,61 bilhões em produtos agropecuários durante a safra 2012/2013 – entre julho de 2012 e junho deste ano -, o que representou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. O superávit comercial do setor também atingiu um novo recorde, somando US$ 83,91 bilhões.
– O setor mostra mais uma vez porque é fundamental na economia brasileira. O resultado deve-se ao crescimento das vendas externas dos principais complexos agropecuários, como carnes e sucroalcooleiro, e principalmente de cereais, que aumentaram 115% no período – afirmou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade.
As exportações também bateram recorde no primeiro semestre deste ano, alcançando US$ 49,57 bilhões, incremento de 10,7% em relação às vendas do primeiro semestre de 2012 (US$ 44,78 bilhões). O superávit do período chegou a US$ 41,26 bilhões.
– Este resultado confirma o quanto o agronegócio tem sido importante para a balança comercial do Brasil, já que, no período, foi registrado um déficit global de US$ 3 bilhões, o que significa que os demais setores tiveram um déficit de US$ 44,3 bilhões – explicou o ministro.