Por Bruna Aquino
O Presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), conversou na manhã desta quarta-feira (13), com os jornalistas na porta do Palácio da Alvorada, e defendeu a tese do isolamento vertical e a ampliação do uso de cloroquina em pacientes da Covid-19. “O povo tem que voltar a trabalhar. E quem não quiser trabalhar, que fique em casa. Ponto final”, disse Bolsonaro.
O Brasil tem 12.461 mortes provocadas pelo novo coronavírus, registradas em mais de mil cidades no país. São 178,2 mil pessoas infectados no país.
“No meu entender, desde o começo, deveria ser o (isolamento) vertical, cuidar das pessoas do grupo de risco e botar o povo pra trabalhar (…). No Brasil, no meu entender, o movimento errado é se preocupar apenas com a questão do vírus, tem o desemprego do lado, explicou.
Bolsonaro ainda bateu pela terceira vez na tecla do desemprego citando famílias em situação de vulnerabilidade. “Fico me colocando no lugar das pessoas humildes. Vai chegar um ponto que esse povo com fome vai vir às ruas. O homem que tá passando fome perde a razão. Vamos esperar chegar a esse ponto pra reagir? O povo tem que voltar a trabalhar”, disse.
O presidente afirmou ainda que vai discutir como o ministro da Saúde, Nelson Teich, a ampliação do uso de cloroquina em pacientes com a covid-19. Alegando que existem médicos cujo entendimento é de que o uso da cloroquina é adequado, Bolsonaro disse que a substância deveria ser usada desde o início do tratamento, especificamente em pessoas que estejam em grupos de risco.
“Não é minha opinião porque não sou médico, mas muitos médicos do Brasil e de outros países entendem que a cloroquina pode e deve ser usada desde o início, mesmo sabendo que não há uma comprovação científica de sua eficácia. Mas como estamos em uma emergência, (ela) sempre foi usada desde 1955, e agora (combinada) com a azitromicina pode ser um alento para essa quantidade de óbitos que estamos tendo no Brasil”, finalizou.