Por Gabrielle Tavares
Na última terça-feira (19) um homem de 30 anos, foi sequestrado no meio da tarde em Campo Grande. Ele foi mantido em cárcere privado e teve seu carro roubado quando saia de um bar, no Bairro São Conrado, por volta das 15h30.
Quando ele saiu o estabelecimento e se dirigiu ao seu carro, foi abordado por dois indivíduos, um deles estava armado com um revólver. Os dois conduziram a vítima para uma casa e o deixaram lá. Não havia ninguém o vigiando no local, apenas um cachorro. Ele permaneceu o tempo todo com o celular e carteira, e encontrou drogas no interior da residência.
Os sequestradores chegavam e saíam por diversas vezes da casa, sempre utilizando o automóvel da vítima. Em um momento que estava sozinho, conseguiu fugir e pedir socorro, mas o veículo permaneceu com os suspeitos.
O delegado Fábio Peró, titular do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) explica que há dois tipos de sequestros: extorsão mediante sequestro, quando há pedido de resgate; e a restrição da liberdade, quando a vítima é mantida em cativeiro e tem pertences roubados.
O último é mais comum no Estado, mas nos dois casos a recomendação é não reagir. “O instinto de sobrevivência fala mais alto, mas a indicação da polícia é de que nunca reaja, porque o risco de que ocorra algo mais grave é muito alto”, recomenda o delegado.
“No Brasil a técnica usada pela polícia é a de não pagar o resgate, isso diminuiu bastante a modalidade da extorsão mediante sequestro. Há bastantes casos em estados como Minas Gerais e Mato Grosso, mas aqui ainda não houve nenhuma ocorrência esse ano”, concluiu.