Por: Heloíse Gimenes Foto: Arquivo pessoal
Neste ano, a celebração do Dia das Mães será muito diferente por causa dos efeitos do coronavírus. Sem o aconchego do abraço, sem beijos carinhosos e mantendo o distanciamento social. Essas restrições são difíceis nesta data tão especial. Mas, tem algo que podemos expressar, o sentimento de gratidão, especialmente às mães que estão na linha de frente desta pandemia. A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) aplaude os esforços dessas heroínas da vida real e agradece o trabalho realizado pelas famílias sul-mato-grossenses.
Embora a maioria das pessoas tenha sido instruída a ficar em casa, há quem continue trabalhando e arriscando a saúde todos os dias para fazer seu ofício. São profissionais que garantem que os hospitais, supermercados, farmácias e tantos outros serviços essenciais permaneçam abertos para que a população seja atendida.
Desde que os primeiros casos da doença foram detectados, há profissionais em várias linhas de frente. A fisioterapeuta Catia Queiroz Emilio, mãe da Livia e da Clara, conta que o sentimento de ir ao trabalho mudou completamente depois da pandemia. Ela relata o medo e o dilema das mães que atuam na área da saúde. “Estamos vendo os hospitais cada vez mais cheios de pessoas infectadas e as equipes suportando longas horas para intensificar os cuidados aos pacientes, enfrentando ao mesmo tempo o medo de contrair o vírus. As condições são desgastantes emocional e fisicamente”, disse.
Apesar do medo, a médica Bianca Stavis, mãe da Gabriela e da Bárbara, revela o que falou mais alto em seu coração. “Todos os serviços do hospital começaram a criar os protocolos de atendimento e muita dúvida surgiu de como seria essa pandemia no Brasil. Tudo isso gerou muita apreensão. Passei pelo período do medo, mas a gente se veste da vocação e da vontade de ajudar“, afirmou.
À medida que a pandemia se desenrolava em outros países e chegava a Mato Grosso do Sul, aumentava a preocupação da médica Ana Paula Lanza Paes em transmitir o vírus para o filho Giovani. A fé é o fator determinante para ela sair todos os dias de casa motivada e certa de que sua missão deve ser cumprida para um bem maior.
No“Estar na linha de frente obviamente traz insegurança quando pensamos na nossa família. Se o propósito for atender o próximo, temos sempre que confiar em Deus, para que Ele cuide dos nossos. No dia em que tive mais medo, meu filho me entregou um desenho de Nossa Senhora. Isso me trouxe conforto e a certeza de que tudo posso Naquele que me fortalece”, reiterou.
No meio de uma crise diferente de qualquer outra que atingiu o mundo, os profissionais da Segurança Pública também lutam para se adaptarem a uma nova realidade. A subtenente Edilaine Mansueto Alves, mãe da Júlia, ajuda a manter a população segura como policial da Força Tática da Polícia Militar. “Atuamos na área central de Campo Grande, orientando a população e mantendo o policiamento. Além disso, levamos os moradores de ruas para os abrigos. Estou tomando todas as medidas para proteger a população, a mim e minha família”, disse.
A cabo Daniela Bertão, mãe do Murilo, Mateus, Lara e Maria Rita, nunca experimentou nada parecido com que está vivendo agora, transportando pessoas suspeitas com Covid-19 ao Hospital Regional, referência no Estado. A incerteza é algo que a domina diariamente, mesmo tomando as devidas precauções, ao término do plantão volta para casa sem saber se foi contaminada com o vírus.
“Os socorristas entram em cena primeiro. Ao responder às chamadas com pacientes potencialmente infectados, são utilizados os equipamentos de proteção e realizadas as descontaminações adequadas. Mesmo assim, temos muito medo de levar o vírus para as nossas famílias”, falou Bertão.
A cada dia da pandemia, a população percebe a importância das coisas que antes eram dadas como certas e feitas por tantos profissionais que exercem o heroísmo coletivo. Certamente, uma dívida de gratidão que jamais será paga.
Reconhecimento
Em nome dos 24 deputados estaduais, o presidente da Casa de Leis, Paulo Corrêa (PSDB), lembrou que a mãe é o símbolo primeiro do amor na nossa vida, que representa o poder feminino, a capacidade de amar incondicionalmente, de nutrir e oferecer aquilo que o filho ou a filha necessita para crescer, se desenvolver e fortalecer. “Nesta data especial, fica nossa gratidão e reconhecimento ao trabalho de incontáveis mulheres que, com instinto materno e uma competência e capacidade únicas, têm se esforçado sobremaneira no cuidado de todos e no combate à pandemia. A elas todo nosso amor”, reiterou.