Enquanto no Brasil, menos de 1% das empresas ativas vendem para o exterior, em Mato Grosso do sul o cenário é outro. O panorama nacional faz parte do estudo Perfil das Firmas Exportadoras Brasileiras, divulgado recentemente pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC). Apesar de poucas, as organizações respondem por 15% dos empregos formais no país, com 5,2 milhões de trabalhadores.
Outro dado importante de considerarmos é a comparação entre o número de empresas e a fatia do estado nas exportações. A pesquisa traz números de 2020. 42,8% das empresas brasileiras que exportavam estavam em São Paulo, estado que concentra 20% das vendas externas. Depois aparece o Rio Grande do Sul, que reúne 11,1% das firmas e detém 6,7% das exportações.
Por outro lado, Mato Grosso do Sul, que engloba apenas 0,7% das empresas brasileiras, possui 2,8% do valor exportado. Por aqui, as exportações são principalmente agropecuárias. O Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiems oferece um serviço de orientação voltado para a internacionalização de empresas.
A relação das empresas exportadoras do ano de 2021 do MDIC, apurada pelo CIN-MS, aponta que 52% das empresas que venderam ao exterior naquele ano, em Mato Grosso do Sul, eram indústrias, o que corresponde a 116 empresas industriais de mineração ou de transformação que exportaram. No mesmo período, a indústria sul-mato-grossense alcançou uma receita de exportação equivalente a US$ 4,34 bilhões de dólares, o que representou 63% do valor total atingido pelo estado com a venda de produtos ao exterior.
Em Mato Grosso do Sul, as atividades industriais com maior número de empresas exportadoras em 2021 foram: abate de reses, exceto suínos, com 13 firmas exportadoras de um total de 57 indústrias; fabricação de alimentos para animais com 10 empresas de um total de 85; fabricação de açúcar e etanol com 8 indústrias de um total de 17 e têxtil, confecção e vestuário possui 6 empresas exportadoras de um total de 278.
A Amireia Pajoara aparece nessas estatísticas, trabalha com nutrição animal e exporta há quase sete anos. A empresa, localizada em Campo Grande, vende os produtos para 12 países e pretende aumentar esse número para 18 até o início do ano que vem. João Paulo Piotto, CEO da instituição, explicou que resolveu buscar uma segurança de mercado e fugir da sazonalidade da economia brasileira para fortalecer a indústria. “A gente começou a procurar mercados lá fora, se tem períodos que a pecuária está em baixa aqui, outros países estão na época de safra. O mercado internacional é interessantíssimo, é muito rentável, seu produto é pago em dólar. Acredito que o futuro de toda indústria, principalmente de nutrição animal, é a exportação”, esclareceu.
A participação dos segmentos industriais ao final de 2021, de acordo com a receita de exportação:
1. Celulose e papel (35% ou US$ 1,50 bilhão);
2. Complexo frigorífico – Carne bovina, suína, aves e peixes (30% ou US$ 1,31 bilhão);
3. Processamento de soja e milho – Óleo, farelo e pellets (15% ou US$ 632 milhões);
4. Sucroenergético (9% ou US$ 406 milhões)
5. xtrativo mineral (5% ou US$ 213 milhões)
Em relação aos principais municípios, as empresas industriais exportadoras (mineração e transformação) se encontram distribuídas da seguinte maneira: em Campo Grande são 42, Três Lagoas concentra 9, Aparecida do Taboado 7, Corumbá tem 6, Ponta Porã e Dourados reúnem 5 empresas cada.
Serviço – As empresas interessadas em conhecer o mercado ideal para seu produto e/ou tiverem interesse de participar das missões e eventos de promoção comercial internacional, podem entrar em contato com o CIN-MS pelo telefone (67) 3389-9150 e e-mail cin@fiems.com.br
Assessoria Fiems