Durante a campanha, o agora presidente se comparou ao então juiz para justificar ausência nos debates
De Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou nesta terça-feira (8) que a Polícia Federal tome providências para ampliar a segurança pessoal do ministro Sergio Moro (Justiça). A informação consta em despacho assinado por Bolsonaro e publicado em edição extra do Diário Oficial da União. São informações da Folha de S.Paulo.
“Diante de informações sobre situações de risco decorrentes do exercício do cargo de titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, determino à Polícia Federal providências no sentido de garantir, diretamente ou por meio de articulação com os órgãos de segurança pública dos entes federativos, a segurança pessoal do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública e de seus familiares”, diz o texto.
À época em que atuava como juiz da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, Moro já teve sua segurança reforçada pela PF após sofrer ameaças pelas redes sociais.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro se comparou ao então juiz para justificar que não poderia ir aos debates presidenciais. Por diversas vezes, ele disse que Moro havia se tornado prisioneiro por atuar como magistrado que mandou prender políticos e empresários no âmbito da Lava Jato.
Jogo de poder
“Eu não pertenço mais a mim mesmo. Hoje em dia eu e o Sergio Moro [juiz federal responsável pela Operação Lava Jato] não temos mais liberdade no Brasil. Nós não podemos ir a uma padaria comprar um pão, ir à praia com nossos filhos, perdemos completamente a liberdade. É um jogo de poder. A esquerda fará tudo para me tirar de combate”, afirmou o presidente em outubro, durante a campanha.