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Antártida é o último continente sem covid-19 – e cientistas querem que continue assim

  • Ciência, Destaques
  • 15 de agosto de 2020
  • às 11:50

Por Di minardi

 

Uma pessoa sentada próximo de uma colônia de pinguins-gentoo, da espécie Pygoscelis papua, ao lado de um antigo galpão de pesquisa. FOTO DE RONAN DONOVAN, NAT GEO IMAGE COLLECTION

 

A MOVIMENTADA TEMPORADA DE VERÃO na Antártica vai de outubro e a fevereiro. Milhares de cientistas de diversos países se reúnem nas remotas estações de pesquisa do continente. Quarenta bases permanentes pontilham a paisagem deserta, mas esse número praticamente dobra quando as estações exclusivas de verão retomam as operações. Mas este ano, chegar a esse reino científico gelado traz uma séria preocupação: a Antártica é o único continente sem nenhum caso notificado de covid-19.

A assistência médica nas estações de pesquisa é limitada e a hospedagem em dormitórios facilita a propagação de doenças, mesmo nos melhores anos. Durante a pandemia, restringir o número de cientistas no continente reduzirá a chance de um surto, mas também interromperá pesquisas urgentes.

O trabalho dos cientistas na Antártica envolve observar as estrelas com telescópios, pesquisar partículas fundamentais e estudar alguns dos animais mais excepcionais do mundo. O continente remoto também é essencial para compreender as mudanças ocorridas em todo o nosso planeta. Os cientistas do clima estudam antigas bolhas de ar presas no gelo para entender a história da Terra e monitoram o derretimento da camada de gelo e o aquecimento do Oceano Antártico para prever o possível futuro do planeta.

Mas a maior parte desses cientistas terá de realizar esse trabalho longe do continente nesta temporada, utilizando sensores remotos e os grandes volumes de dados e amostras coletados em anos anteriores.

“É angustiante”, diz Nancy Bertler, diretora da Plataforma Científica da Antártica na Nova Zelândia. “Restam apenas alguns anos para que realizemos mudanças significativas a fim de evitar as piores consequências das mudanças climáticas. E não podemos esperar um ano.”

Fotos: a vida selvagem resplandece no continente gelado

O elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) é a maior de todas as focas, com os machos medindo até 6m de comprimento. O animal tem esse nome devido a seu grande tamanho e ao nariz em forma de tromba. São mamíferos, carnívoros e semiaquáticos, vivem entre ambientes aquáticos e terrestres, mas passam a maior parte de suas vidas no mar. Apesar de serem exímios mergulhadores, os elefantes-marinhos estão sendo obrigados a mergulhar cada vez mais fundo para alcançar suas presas devido às mudanças climáticas na região antártica, segundo o Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Polar e Marinha. Com as águas cada vez mais quentes, lulas e peixes que fazem parte de sua dieta descem para águas mais profundas, prejudicando a caça dos elefantes marinhos. FOTO DE EDSON VANDEIRA
“Enquanto caminhava em direção à praia com objetivo de apreciar o nascer do sol, ao chegar, tive uma maravilhosa surpresa: o encontro com um pinguim Gentoo (Pygoscelis papua)”, conta o fotógrafo Edson Vandeira. “Naquele momento me veio a sensação de que, assim como eu, ele também acordou muito cedo para contemplar aquele mágico amanhecer no continente gelado. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Filhote de foca-de-weddell (Leptonychotes weddellii), Ilha Rei George, Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Lobo-marinho-antártico (Arctophoca gazella) em uma praia na Ilha Nelson, Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Vestígios de um triste passado durante o período de matança indiscriminada das baleias na Antártida. “Precisamos urgentemente proteger nossos oceanos e as baleias, se quisermos que as próximas gerações tenham o mesmo privilégio de vê-las livremente na natureza e não apenas o que restou delas”, defende Vandeira. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Filhote de pinguim-antártico (Pygoscelis antarcticus) ao lado dos pais em uma colônia da espécie na ilha Nelson, Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Filhote de pinguim-antártico (Pygoscelis antarcticus) sendo alimentando com Krill, minúsculo crustáceo que é a base da cadeia alimentar na região e fundamental para a sobrevivência de pinguins, baleias, focas e outros animais. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Uma skua (Catharacta maccormicki) se prepara para pousar nas água gélidas da Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
O nome desta ave é trinta-réis-antártico (Sterna vittata). FOTO DE EDSON VANDEIRA
Elefantes-marinho-do-sul (Mirounga leonina), Ilha Nelson, Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Foca-de-weddell (Leptonychotes weddellii), Baía do Almirantado, ilha Rei George, Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
O que será que essa dupla de pinguins-gentoo está fazendo? FOTO DE EDSON VANDEIRA
O petrel-gigante-do-sul (Macronectes giganteus) pode chegar a 2,4m de envergadura. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Colônia de pinguins-gentoo (Pygoscelis papua) curtem o entardecer na ilha Nelson, Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Colônia de pinguins-gentoo na Ilha Nelson, Antártica. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Um grupo de pinguins caminham juntos em um belo entardecer próximo à estação brasileira na ilha Rei Gerge, Antártida. FOTO DE EDSON VANDEIRA
A cauda de uma baleia jubarte (Megaptera novaeanglie) em águas antárticas. FOTO DE EDSON VANDEIRA
Petrel-gigante-do-sul (Macronectes giganteus): essa ave é pode chegar a 2,4m de envergadura. Segundo a pesquisadora antártica Júlia Finger, cada indivíduo apresenta uma combinação única de tons de azul e marrom em suas íris polimórficas. Dentre as aves da sua ordem (Procellariiformes), nenhuma possui tamanha exuberância e variação de cores. Qual será a história evolutiva desse traço nos petréis-gigantes? Ainda é um enigma a ser resolvido. FOTO DE EDSON VANDEIRA

Mantendo a covid-19 longe do gelo

O ambiente antártico é tão extremo que Dirk Welsford, cientista-chefe do Programa Antártico Australiano, o compara ao espaço sideral, e com razão. A Estação Espacial Internacional orbita a 350 quilômetros de altitude da Terra, ao passo que a base mais remota na Antártica — estação de pesquisa Concordia da França e Itália — fica a cerca de 560 quilômetros de seu vizinho mais próximo e a mais de 960 quilômetros da fonte de suprimentos mais próxima da costa.

A maioria das bases na Antártica está localizada no extenso litoral e não no interior, como a Concordia, mas todas são de difícil acesso. Os aviões e navios utilizados para o deslocamento dos cientistas sofrem tantos atrasos devido ao clima extremo que o Programa Antártico dos Estados Unidos incluiu uma seção em seu guia do participante intitulada “Seja paciente”.

Este ano, só a paciência não será suficiente. “Para todas as nações que trabalham na Antártica, o principal objetivo é manter o vírus longe do gelo”, afirma Christine Wesche, coordenadora de logística do Programa Antártico da Alemanha. Mas exatamente como atingir esse objetivo permanece incerto, pois os programas se deslocam e passam por diversos lugares.

O Conselho de Gestores de Programas Antárticos Nacionais (Comnap) e seus 30 membros estão coordenando uma redução significativa no número de profissionais. Todos os programas terão suas equipes reduzidas em diferentes proporções — Austrália e Alemanha em 50% e Nova Zelândia em 66%, por exemplo. Os Estados Unidos não divulgaram o ajuste no tamanho da equipe, mas comunicados à imprensa recentes declararam que o número de pessoas que poderão viajar com segurança é “restrito”.

Ao reduzir o tamanho das equipes, os programas poderão executar um regime rígido de quarentena e testagem, já que os testes podem ser caros e os resultados demorados. Limitar o número de profissionais nas estações também ajuda a garantir que menos pessoas fiquem expostas caso ocorra contaminação pelo vírus, por exemplo, em função de testes imprecisos.

Diversas cidades utilizadas como ponto de parada no hemisfério sul são essenciais para se chegar à Antártica. A equipe alemã costuma passar pela Cidade do Cabo, na África do Sul, país que notificou mais de meio milhão de casos de coronavírus. A incerteza em relação aos voos internacionais que passam por essa região em alerta poderá fazer com que a equipe alemã viaje em seu navio de abastecimento chamado Polarstern.

A equipe dos Estados Unidos manterá sua passagem por Christchurch, na Nova Zelândia, onde o treinamento pré-expedição é concluído e os equipamentos adequados para o clima frio são distribuídos antes do trecho até a Estação McMurdo e a Base Scott, realizado juntamente com a equipe da Nova Zelândia. Os dois países estão trabalhando em uma estratégia de quarentena e testagem para que a covid-19 não seja transmitida para as pessoas de Christchurch quando a equipe dos Estados Unidos passar.

Quando as equipes chegarem à Antártica, a vida será semelhante ao que era antes da pandemia. Os programas realizarão testes nos profissionais recém-chegados ou podem exigir distanciamento social entre eles, mas essas práticas não serão empregadas durante os meses de convivência. Todas as pessoas no continente serão consideradas como não contaminadas pelo vírus, a menos que apresentem sintomas. Nesse caso, serão isoladas, testadas e, se o teste for positivo, precisarão deixar o continente. Um surto de covid-19 pode ser ainda mais perigoso no inverno, quando as fortes tempestades polares praticamente impossibilitam a realização de voos para remoção médica com segurança.

 

Mantendo as estações em operação

Os programas da Antártica preveem um certo grau de suspensão das atividades todos os anos devido a tempestades, gelo marinho e problemas mecânicos em locais remotos, mas nunca cancelaram projetos nessa proporção antes. A maior parte das colaborações internacionais, novos experimentos e trabalhos de campo, como identificar pinguins e coletar amostras, foi interrompida. No entanto, os gerentes dos programas afirmam não ser possível cancelar suas temporadas completamente.

A Antártica é o continente mais frio, mais seco e de ventos mais fortes da Terra. O explorador polar Douglas Mawson chamou a Antártica de “país amaldiçoado”. Robert Falcon Scott, o segundo homem a chegar ao Polo Sul, escreveu a famosa frase: “Nossa Senhora! Esse lugar é horrível.” Cem anos depois dessas expedições, muito pouco mudou.

As instalações das bases de pesquisa precisam de intervenção humana para manter o funcionamento das estações de água e esgoto e também para evitar riscos de vazamento de combustível e incêndios. A manutenção é programada durante o clima mais ameno do verão austral, a única época em que os postos avançados podem ser reabastecidos para o inverno. Deixar as bases vazias — ou pior, precisar evacuá-las — seria mais complicado do que em uma temporada normal.

Com algumas exceções para projetos experimentais, incluindo a expedição científica marinha da Austrália para estudar o krill nas águas da Antártica Oriental, os programas antárticos nacionais estão restringindo os trabalhos a atividades operacionais essenciais e mantendo as coletas de dados de longo prazo.

Na Base Scott na Nova Zelândia, as coletas mais antigas datam de 1957, quando a estação foi inaugurada. Esses conjuntos de dados coletados de estações meteorológicas, pesquisas ecológicas e ancoradouros na água ajudam os cientistas a rastrear a variabilidade do clima da Antártica. A ciência pode ser um lento jogo com mudanças graduais, e essas medições de mais de 60 anos atrás permitem que os pesquisadores observem nos dados tendências de longo prazo.

“Alguns desses registros nunca foram interrompidos”, diz Bertler, “então não queremos ser a geração que fará isso”.

Próxima temporada

Este ano será como um ensaio das medidas preventivas adotadas pelos programas da Antártica. Se for possível manter as equipes isoladas, saudáveis e seguras nesta temporada, será possível aumentar o número de cientistas nas expedições do próximo ano — mesmo que a covid-19 continue representando alguma ameaça.

“Acredito que na próxima temporada a situação será diferente”, disse Sarah Williamson, CEO da agência governamental Antarctica New Zealand. “Vamos trabalhar para que durante toda a próxima temporada seja realizado o máximo de projetos científicos possível, e estaremos preparados para mudar os nossos planos, assim como este ano.”

Por mais importante que seja a pesquisa do clima da Antártica para a saúde do planeta, a saúde dos cientistas e da equipe está em primeiro lugar, acrescenta Wesche. “Meu principal objetivo é que os profissionais cheguem saudáveis e voltem saudáveis também.”

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