Mireli Obando
A alta circulação de pessoas em Mato Grosso do Sul manteve as taxas de isolamento social na mesma média dos finais de semana de julho, com registro de 44% no sábado (25) e 49,8% para o domingo (26). Historicamente o percentual de indivíduos que se mantiveram em casa nestes mesmos dias já atingiu índices acima dos 60%, recomendado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para frear a curva de contágio do novo coronavírus.
Principal arma para controlar a pandemia, o isolamento social não está sendo levado a sério, e os indicadores mostram uma situação preocupante no Estado que tem figurado no cenário nacional como a segunda unidade da federação com maior alta de mortes em decorrência da doença. O mês que iniciou com 85 óbitos já apresenta 319 vidas perdidas até o momento, um crescimento de 275%. O total de infectados que eram 8,6 mil no dia 1°, e nesta segunda-feira (27.7) somam 21,8 mil no Estado.
Especialistas em saúde afirmam que a movimentação semelhante ao período sem pandemia pode fazer com que o vírus permaneça por mais tempo elevando o numero de casos e óbitos.
Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, Campo Grande aparece como atual epicentro da Covid. Do total de pessoas que perderam a vida para a doença 104 eram residentes na Capital, e os infectados pela doença na cidade morena somam 8.579. A incidência de casos por 100.000 habitantes está em 957,5 conforme último boletim epidemiológico.
Mesmo com o toque de recolher durante a semana e mini lockdown adotados pela gestão municipal aos finais de semana, as taxas de isolamento social na Capital não tiveram aumento significativo. Os índices registrados foram, 44,1% no sábado e 49,4% no domingo.
A adesão ao isolamento social nos demais municípios mapeados pela In Loco neste domingo varia entre 30,8% registrado em Caracol a 73,5% de São Gabriel do Oeste. A lista completa de cidades pode ser conferida aqui.