Desde que a Guarda Civil Metropolitana ganhou as ruas, complementando o trabalho das forças policiais, a sensação de segurança aumentou em Campo Grande. Seja em uma ronda comum pelos bairros, nas sete regiões da Capital, ou no início e fim das aulas, o resultado é visível para a população, que sente a diferença no dia a dia quando avistam, rotineiramente, uma viatura da guarda pelas ruas.
A Guarda atua em rondas, tanto ostensiva, quanto preventiva. Esse trabalho faz diferença, por exemplo, na vida dos pais de alunos. A dona de casa Glaucia Sousa de Melo diz que antes os pequenos estavam seguros apenas dentro das unidades escolares. Hoje, a situação é diferente.
“Para nós mães, é uma segurança, porque antes as crianças ficavam protegidas dentro da escola. Agora, todo o entorno da escola está protegido e isso é bem melhor. Vejo a Guarda fazendo ronda constantemente, tanto no entorno da escola, quanto nos bairros, em todas as regiões. Eu me sinto muito mais segura e acredito que a cidade melhorou muito em relação à segurança”, afirma.
As rondas escolares objetivam realizar um trabalho de auxílio no combate e prevenção dos atos de vandalismo, violência e consumo de drogas que possam ocorrer nas proximidades da escola, como também coibir ações de desrespeito às leis de trânsito, entre elas a fila dupla. Somente entre janeiro e agosto deste ano a Guarda Municipal fez 7.621 rondas escolares.
Mãe da pequena Ana Júlia, que frequenta a Escola Municipal de Educação Infantil Professor Eloy Souza da Costa, Camila Regina Araújo acredita que é muito bom que haja a ronda escolar. “Estão cuidando do nosso bem mais precioso, que são os nossos filhos. Então a gente sai de casa e fica mais tranqüila. A gente vê que tem mais movimento. Eu moro aqui no Tijuca há 5 anos e vejo muita diferença de como era e como é hoje. Antes o bairro era mais marginalizado, e devido às rondas isso melhorou muito”, diz.
Frequentador da Lagoa Itatiaia, o servidor público Sebastião da Silva Nantes Filho, afirma que não só esta região como outras estão mais seguras. “Em sempre venho aqui para a Lagoa Itatiaia e não tenho o que reclamar da segurança. Moro perto da Coca Cola e lá também é bem tranquilo”, frisa.
Já o dono de um comércio de bebidas na frente da Lagoa Itatiaia, Paulo Laerte Valério, diz que a segurança no local é muito boa. “Aqui não tem confusão, bagunça, algazarra. Eu estou aqui há um ano e meio e nunca tive problema nenhum”, conclui.
Durante as ações de Combate à Covid as rondas foram intensificadas e o Guarda Municipal recebeu entre março de 2020 e agosto deste ano 84.130 ligações no 153. Destas, 32.727 eram de denúncias de aglomerações. No mesmo período 32.754 estabelecimentos foram fiscalizados durante o toque de recolher.
Neste ano, entre janeiro e agosto, a Guarda Municipal recebeu 34.098 chamados, do total de acionamentos, 5.674 resultaram em Boletins de Atendimento, sendo solucionados com intervenção, orientação e notificação.
Já as ações da Patrulha Maria da Penha somaram mais de 2.791 atendimentos, entre visitas, ligações, atendimento de risco e Boletim de Atendimento entre os meses de janeiro a setembro.
O secretário de municipal de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Valério Azambuja , ressalta que o resultado é fruto do investimento em estrutura e também na eficiência dos agentes, que realizam o trabalho com eficiência, espírito dinâmico e eclético, sempre bem treinados para cumprir o papel de pacificação dos conflitos que a sociedade exige.
“Além da qualificação dos agentes, aprovamos o plano de cargos e carreira, e após o reenquadramento – previsto para acontecer até 2025 –, onde eles receberão um dos melhores salários do país. É com investimento tanto em materiais, como a troca total da frota, reforma e instalação de bases, compra de armamentos e equipamentos de segurança, quanto em recursos humanos que conseguimos avançar”, diz.
Cidade Segura
Campo Grande foi eleita a primeira cidade mais segura do país pelo Ranking Connected Smart Cities, elaborado com base em dados de 677 cidades, com mais de 500 mil moradores. A Capital sul-mato-grossense recebeu a avaliação com base no melhor desempenho quanto ao número de homicídios, morte no trânsito, despesa com segurança, agentes por habitantes, monitoramento de riscos e centro de controle e operações.