O assassinato e espostejamento (corte dos pedaços do corpo feito de maneira irregular e em várias partes) do jogador de futebol de Sete Quedas (MS), Hugo Vinícius Skulny, de 19 anos, teve no trabalho da Perícia Oficial, grande aliado na investigação e tomada das primeiras providências no que diz respeito a apontar e prender suspeitos.
Após declarações controversas da ex-namorada do jogador, Rubia Joice de Oliver Luivisetto, que nega participação no crime, locais da casa da suspeita, foram submetidos ao reagente luminol, quando manchas que se presumem serem de sangue, invisíveis a olho nu (manchas latentes), lavadas para esconder o crime, puderam ser visualizadas através da reação de quimiolumunescência, o que possibilitará diversas reflexões, hipóteses e posteriores conclusões pelos peritos oficiais envolvidos no exame do local que aponta para uma morte violenta.
Nesse caso, o trabalho da Polícia Científica foi essencial para a expedição do mandado de prisão contra Danilo Alves Vieira da Silva, 19, o principal suspeito de ter matado Hugo. Como não foi encontrado, ele já é considerado foragido da justiça.
A reprodução simulada do crime aconteceu na quarta-feira 5 e teve a participação de um amigo da namorada do jogador, que estava no local e foi testemunha do assassinato.
O Crime
Hugo Vinícius Skulny, estava desaparecido desde o dia 25 de junho.
Segundo a polícia, ele teria ido a uma festa do lado paraguaio, em Pintoty Porã que faz fronteira com Sete Quedas e teria sido deixado por amigos na casa da ex-namorada, onde foi visto pela última vez.
No local, ele teria sido baleado e morto por Danilo, com quem Rúbia estava tendo um caso. Depois, os suspeitos transportaram o corpo até uma chácara da família de Danilo com a ajuda do amigo, onde o jogador teve o corpo dividido em pedaços e jogado no Rio Iguatemi onde partes foram encontradas no dia 2 de julho. O reconhecimento foi possível graças a uma tatuagem constatada em uma das partes do corpo da vítima.
Trabalho da Perícia Oficial
A Perícia Oficial tem contribuído de forma essencial na resolução desse crime bárbaro, que contou com uma força-tarefa envolvendo a Polícia Civil, Militar, Bombeiros, Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e equipes da Polícia Científica. O trabalho de coleta de vestígios no local do crime, bem como a reprodução simulada foi realizada pela URPI (Unidade Regional de Perícia e Identificação) de Amambaí, sob a coordenação da Perita Criminal Jéssica Barbosa, com a colaboração das equipes das URPIs de Dourados e Ponta Porã.
Segundo Jéssica, em entrevista coletiva realizada na sexta-feira (7), trabalharam no caso sete Peritos Criminais, sete Agentes de Polícia Científica (APCs) da URPI de Amambai.
Na força-tarefa também trabalharam três médicos legistas : dois da URPI de Amambai e um da URPI de Dourados, dois APCs e dois Agentes de necropsia.
Há muito trabalho ainda a ser realizado, uma vez que o processamento/ exame dos vestígios coletados, serão realizados, para obter resultados conclusivos e emissão do laudo pericial .
Além dos vestígios biológicos, também será periciado o celular da ex-namorada, Rúbia. Mensagens nos aplicativos e o GPS podem confirmar ou desmentir o depoimento dos envolvidos, estabelecer uma linha de tempo dos fatos e deslocamentos dos suspeitos. O telefone do jogador não foi encontrado até o momento.
Quem tiver informações do paradeiro de Danilo Alves Vieira da Silva pode fazer a denúncia anônima pelo (67) 3479-1480.
Fonte: Assessoria Sinpof/MS