O Projeto de revitalização da Orla Morena começado pela Associação de Moradores do Bairro Cabreúva (AMBC) continuou neste fim de semana com a colocação de lixeiras ao longo da Av. Noroeste, no trecho que vai das ruas Jequitibá até a Antônio Maria Coelho.
“Aproveitamos as manilhas quebradas que foram descartadas na rua dos Ferroviários quando fizeram a drenagem de águas pluviais na Rua 13 de maio”, disse o presidente do bairro Eduardo Cabral. As manilhas estavam jogadas na Rotunda, ao lado da Feira Central e 10 puderam ser reaproveitadas.
Segundo Vicente Martins, que tem participado ativamente dos esforços dos moradores para recuperar as áreas degradadas ao longo da via, com as manilhas, o problema da falta de lixeiras que foram furtadas ou quebradas, estará em parte resolvido.
“Vi na internet e colocamos a ideia no grupo de Whatssap do bairro e marcamos com os voluntários esta ação neste fim de semana”. Além de Cabral e Martins, responderam ao apelo Rodrigo Fernandes, Luiz Carlos e Aldo Perez, que ajudaram no transporte e na colocação das manilhas.
O mutirão da AMBC acontece nos fins de semana, contando sempre com a folga e a boa vontade dos moradores que se uniram para revitalizar a Orla, fazendo o que precisa ser feito pois este mês, foi encerrada a obra de “reforma e readequação para acessibilidade da Orla Morena” feita pela Prefeitura, conforme consta na placa na rua Plutão. A empresa que ganhou o certame foi a MRL Comércio de Materiais Elétricos e Serviços Eireli ME, no valor de R$ 348.118 iniciada em junho de 2021 e previsão de entrega em setembro do mesmo ano.
Entre os serviços constava a instalação do piso tátil, pintura da pista da ciclovia e dos portais, além de adaptação do corrimão, entre outros serviços. No entanto, as obras emergenciais como a contenção da erosão, colocação de novo gramado e de lixeiras, construção de mais 100 metros de mureta na ciclovia não foram atendidos, apesar de a AMBC ter feito ofícios pedindo a readequação do projeto durante a execução da obra.
Em maio deste ano, enfim, a conclusão da pintura foi realizada pela empresa e na mesma ocasião, foi publicado no Diário Oficial um aditivo acordado pela prefeitura no valor de R$166.148 por, segundo a empreiteira, serviços que não constavam no edital como a instalação do parquinho, entre outros. O custo total da obra totaliza R$ 463.148.
Segundo Cabral, que também é Conselheiro da Região Urbana do Centro, durante a execução da obra, as intervenções emergenciais foram levadas várias vezes ao conhecimento da prefeitura durante as reuniões mensais do Conselho, sem contudo, terem sido acatadas.
Cansados de esperar, em maio, a AMBC realizou a revitalização atrás do Teatro de Arena, onde três pés de seriguela corriam o risco de cair. Utilizando pneus, entulho de construções e terra para conter a erosão, eles também refizeram o plantio de grama e o paisagismo no local. O custo da obra ficou em R$ 1.000 (Um mil reais) que foi rateado pelos próprios moradores. A contrapartida da prefeitura foi um caminhão de terra.
A AMBC já havia pedido via ofício à prefeitura a contenção da erosão no local, bem como a colocação de lixeiras desde 2021.