O perímetro urbano de Campo Grande é privilegiado por estar envolto a locais preservados, possuir 33 córregos e um rio que margeiam nossos bairros e região central. Neste Dia Mundial da Água, 22 de março, a Prefeitura destaca a importância dessas águas urbanas e divulga os dados mais recentes do Programa Córrego Limpo que visa o monitoramento da qualidade das águas superficiais.
O Programa Córrego Limpo atua com uma rede de monitoramento das águas no meio urbano, e, nesses quase 13 anos de implantação muitos foram os avanços, passando de 67 para 83 pontos de monitoramento, a execução de mais de 43 mil ações de vistorias de fiscalização nos pontos passíveis de poluição direta ou indireta nos córregos, principalmente em imóveis não conectados à rede pública coletora de esgoto e a promoção no aumento do número de conexões na rede pública coletora de esgoto. Outros pontos importantes a serem destacados para a melhoria da água nos córregos são a desativação de fossas e a diminuição de lançamentos de poluentes nas galerias de águas pluviais. Resultando em pouco mais de 22 mil Notificações expedidas.
Como forma de divulgar os resultados à população, de maneira simples e de fácil compreensão, foi adotado o Índice de Qualidade das Águas, o IQACETESB (Índice de Qualidade das Águas adaptado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para a apresentação dos dados, onde anualmente são publicados relatórios detalhados e disponibilizados para download no site da Semadur.
Pontos de monitoramento e resultados
Em 2010, quando iniciou o trabalho, eram 67 pontos de monitoramento, onde 60,1% das amostras eram classificadas como boa, 26,3% classificadas como regular, 13,2% classificadas como ruim. Em 2022 são 83 pontos de amostragem, onde 65% das amostras foram classificadas como boa, 27% classificadas como regular, 8% classificadas como ruim.
Assim, de 2010 a 2022 a Prefeitura aumentou a abrangência do monitoramento em 16 pontos de amostragem, o índice classificado como bom aumentou em 3,9% dos pontos, o índice regular teve aumento de 0,7% e os pontos que eram considerados ruins diminuíram em 5,2%.
Locais monitorados
Atualmente a rede de monitoramento municipal contempla 83 pontos de monitoramento, distribuídos em nove das onze microbacias de Campo Grande, com exceção das microbacias do Gameleira e do Ribeirão Botas, que apresentam características de uso e ocupação do solo estritamente rurais. Os córregos monitorados são: Segredo, Cascudo, Maracaju, Imbiruçu, Serradinho, Bálsamo, Cabaça, Bandeira, Portinho Pache, Lageado, Estribo, Lagoa, Buriti, Sóter, Vendas, Prosa, Botas, Pedregulho, Coqueiro e Formiga, além do Rio Anhanduí, representando uma abrangência de cerca de 64% da malha de drenagem municipal (21 dos 33 córregos que cortam a área urbana do município).
As amostras são coletadas trimestralmente e divulgadas por meio de relatórios anuais no site da Semadur. Os resultados são apresentados através de tabelas, gráficos e mapas, separados por microbacia hidrográfica e seus córregos componentes. De forma que todos entendam que a água que foi utiliza pela população necessita ser destinada corretamente à rede coletora de esgoto para que seja tratada e assim retorne ao meio ambiente. E não despejada indevidamente na rede de drenagem urbana.
A secretária municipal de Meio Ambiente e Gestão urbana, Kátia Sarturi, destaca que por meio do conjunto de ações desenvolvidas através do programa já é possível evidenciar resultados com o apoio da população “Sabemos que as ações de preservação ambiental não apresentam resultados imediatos e devem ser realizadas com o apoio e em parceria com a população para alcançarmos o resultado esperado. Desse modo, nesses mais de 10 anos de programa, obtivemos bons resultados com o monitoramento constante, de forma a nortear nossas ações atuais e futuras, garantindo aos gestores a possibilidade de trabalhar para garantir um meio ambiente equilibrado para as presentes e futuras gerações” garante.
O Programa Córrego Limpo é realizado em parceria com a empresa concessionária Águas Guariroba.
Texto e foto: Ascom