Os dois músicos, que chegam aos 70 anos e foram casados por 18, gravaram o disco ‘140 Graus’
Baby do Brasile Pepeu Gomes têm muita história juntos para contar. Ícones da música nacional, eles foram casados por quase 18 anos, tiveram seis filhos e foram barrados na Disneylândia quando a cantora estava no oitavo mês de gestação de um deles – à época, o figurino alternativo do casal parece ter assustado a segurança do parque. Apesar de tudo isso, eles nunca haviam gravado um álbum juntos. Agora, no ano em que ambos completam 70 anos de vida, eles lançam a turnê 140 graus, que percorre o País nos próximos meses.
De certa forma, o lançamento oficial desse encontro será nesta sexta, 8. Composto em 1983 por Baby, Pepeu e Didi Gomes, o hit Masculino e Feminino será relançado pela MSK Records, selo da Musickeria, em diversas plataformas de streaming. Ela será uma das músicas que vão compor o álbum, previsto para junho. A gravação ao vivo ocorrerá amanhã no projeto Noites Cariocas, no Morro da Urca, na zona sul do Rio.
No repertório com cerca de duas dezenas de músicas, haverá espaço ainda para homenagens a João Gilberto, Moraes Moreira e Tom Zé, além de temas de personagens de novelas, sucessos que marcaram as carreiras dos dois e duas músicas novas.
140 GRAUS
Na terça, 5, Baby do Brasil e Pepeu Gomes receberam o Estadão em um estúdio na zona oeste do Rio. Posaram para muitas fotos, falaram de música, riram com episódios do passado e lembraram de mágoas superadas.
A escolha de 140 Graus como nome do álbum vem de uma brincadeira feita com a soma das idades da dupla. Os dois, aliás, estão bem à vontade com a chegada aos 70 – Pepeu os completou em fevereiro, Baby chegará aos dela em julho.
Pepeu, por sua vez, chegou à sétima década de vida projetando as próximas duas. “Espero que eu consiga pelo menos mais uns 20 anos aí, tocando guitarra, compondo.”
Os dois estão muito felizes em, finalmente, dividir o palco em uma turnê. “É um reencontro familiar musical”, afirmou Pepeu, lembrando que há mais três Gomes na banda que compõe o show.
Por Marcio Dolzan