Deputado se recusou a colocar tornozeleira eletrônica nesta quarta (30); ministro também bloqueou as contas de Silveira
Após a insistente recusa do deputado Daniel Silveira em cumprir uma decisão judicial e colocar tornozeleira eletrônica, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu na noite desta quarta-feira (30) impor multa diária de R$ 15 mil caso o parlamentar continue a desobedecer as medidas determinadas.
De acordo com a decisão, o valor tem que ser descontado do salário que Silveira recebe da Câmara dos Deputados.
O magistrado também determinou que o Banco Central bloqueie contas bancárias do deputado e que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), escolha dia, hora e local para que a tornozeleira seja instalada em Silveira.
Na decisão, Moraes diz que, ao utilizar a Câmara para se “esconder da polícia e da Justiça”, Silveira trata o Parlamento como “covil de réus foragidos da Justiça”.
Moraes também determina ao presidente da Câmara que adote as medidas necessárias para que as eventuais multas sejam descontadas diretamente do salário do parlamentar, de R$ 33,7 mil.
O ministro também pediu que o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, convoque uma sessão extraordinária no plenário virtual para que a decisão seja referendada pelos pares. Moraes solicita que a sessão seja realizada na próxima sexta-feira (1º).
Na mesma decisão, Moraes também instaurou um novo inquérito contra Silveira, para apuração de crime de desobediência.
A decisão do ministro do Supremo acontece depois de o parlamentar se recusar a permitir a instalação do aparelho pela Seape (Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal).
Durante o dia, o delegado Victor Cesar Carvalho dos Santos, superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, esteve na Câmara para pedir autorização do presidente da Casa para o cumprimento da decisão.
Por Conjuntura Online