Série acompanha líder de uma equipe de funcionários de escritório cujas memórias entre a vida pessoal e profissional foram cirurgicamente separadas
No momento em que o home office vai aos poucos sendo substituído pelo trabalho presencial, a série Ruptura, nova aposta da Apple TV+, usa uma pegada distópica para fazer uma reflexão sobre a rotina corporativa. A produção é tipo uma versão sombria de The Office, a série cômica que fez um tremendo sucesso tirando um sarro das manias, vícios e tipos que orbitam o escritório nosso de cada dia. Ruptura acompanha Mark Scout, o líder de uma equipe de funcionários de um escritório cujas memórias entre suas vidas pessoal e profissional foram cirurgicamente separadas. Burnout, estresse e assédio moral são coisas do passado. Esse experimento separa literalmente a vida do trabalho.
Voluntários
Que fique claro: todos ali são voluntários e toparam passar por isso. Assim que o empregado entra no elevador, uma chave vira e o coloca no modo trampo. Depois de 8 horas de labuta, o sujeito deixa o local e não se lembra de nada que aconteceu no expediente. Por óbvio, não existem relações sociais entre os funcionários, que nem se conhecem.
Luto
Foi a empresa da série, a Lumen Industries, que criou a tal tecnologia capaz de ligar ou desligar partes do cérebro. O protagonista, personagem de Adam Scott, entrou nessa porque perdeu a mulher há pouco tempo. Sendo assim, consegue se desligar do luto durante as oito horas que permanece na firma.
Elencão
A série tem um elenco da pesada, com Patricia Arquette, Christopher Walken e John Turturro. Com nove episódios e uma segunda temporada garantida, Ruptura é mais um trabalho produzido e dirigido por Ben Stiller, mas no qual ele não atua.
Superação kitsch
Lakers: Hora de Vencer, da HBO, é uma dessas séries sobre superação épica no esporte, mas com pegada cômica, estética kitsch e personagens que são quase caricaturas dos que viveram a história real.
NBA
A produção brinca com os exageros da indústria do esporte ao contar a história da revolução que transformou a NBA em um símbolo da cultura pop e do modo norte-americano de viver. Há muito dinheiro envolvido, machismo em estado puro e excessos nos bastidores dos times.
Topo
Lakers: Hora de Vencer segue a trajetória do Los Angeles Lakers nos anos 1980, quando a equipe da Califórnia se tornou uma dinastia na NBA e colocou a competição no topo das mais rentáveis e populares do planeta.
Sem ajuda
A série da HBO mostra a carreira de atletas lendários dos Lakers, mas sempre sob a perspectiva de Magic Johnson e Kareem Abdul-Jabbar, as peças de resistência do time. Um dado curioso: nenhum dos dois topou colaborar com o projeto.
Em documentário
Outras visões dessa história, essas documentais, estarão em breve disponíveis: um documentário de Magic Johnson feito pela Apple TV+, assim como em outro doc da plataforma Hulu sobre os Lakers, assinado pelo próprio clube.
Mais Lakers
O roteiro é baseado no livro Showtime: Magic, Kareem, Riley and the Los Angeles Lakers, de Jeff Pearlman, lançado em 2014 e que atualmente está em 1.° lugar na lista dos livros mais vendidos na categoria esporte da Amazon.
Por Pedro Venceslau