Promotoria recebeu 583 imagens, 78 vídeos e mais de mil mensagens com informações e denúncias para identificar responsáveis
Dez homens foram presos como supostos responsáveis pelos incidentes violentos que deixaram 26 feridos em um jogo da liga mexicana de futebol no sábado, informou o Ministério Público local nesta terça-feira. “Em continuidade com as ações investigativas (…) devido ao que aconteceu durante a partida Querétaro x Atlas, informa-se que os primeiros 10 homens foram presos”, informou um comunicado da promotoria de Querétaro. Eles foram presos “por sua possível participação em crimes de tentativa de homicídio, violência em eventos esportivos e defesa do crime”, acrescentou a nota.
Na noite de segunda-feira, um juiz emitiu 26 mandados de prisão após a identificação dos supostos autores da briga violenta desencadeada nas arquibancadas e depois transferidos para o campo. Também foi autorizada a busca nas residências dos supostos autores, dos quais foram apreendidos 82 materiais esportivos do Querétaro, quatro pares de tênis – alguns com possíveis manchas de sangue -, 22 celulares e outros objetos.
Os incidentes eclodiram por volta dos 63 minutos da partida entre Querétaro e Atlas, quando um grupo de torcedores da equipe local se jogou contra a barra de proteção da área para visitantes. Isso gerou uma briga que levou à posterior invasão do campo e suspensão do jogo. O saldo foi de 26 feridos que precisaram ser hospitalizados, alguns em estado grave. Na segunda-feira, 19 já haviam recebido alta.
A promotoria recebeu 583 imagens, 78 vídeos e mais de mil mensagens com informações e denúncias para identificar os responsáveis, além de analisar o material das câmeras de vigilância do Estádio Corregidora.
Uma assembleia de donos de equipes da liga mexicana está marcada para esta terça-feira na qual será analisado o andamento das investigações realizadas pela Comissão Disciplinar da Federação Mexicana de Futebol (FMF). Entre as possíveis sanções contra o Querétaro está sua desfiliação.
Na segunda-feira, o diretor técnico do clube, Hernán Cristante, denunciou que seus jogadores, após a violência de sábado, receberam “ameaças de morte”. Cristante considerou injusto “chamar os jogadores ou as pessoas da instituição de assassinos quando eles expuseram sua integridade e se expuseram para salvar alguém”.
Por Estadão