Com apoio da imprensa que faz oposição ao governo, alguns institutos apelam ao apontar a liderança folgada de Lula na corrida palaciana
Campeão de votos, o presidente Jair Bolsonaro desdenha das pesquisas de intenções de voto divulgadas em um período muito distante do início da campanha eleitoral.
Com apoio da imprensa que faz oposição ao governo, incluindo Globo, G1, Folha de São Paulo e Estadão, alguns institutos apelam ao apontar a liderança folgada do ex-presidente Lula na corrida palaciana, mesmo após a prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula só foi solto por manobras patrocinadas por membros do STF (Supremo Tribunal Federal) que, segundo analistas políticos, têm ligações com os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.
De acordo com o Estadão, que faz oposição radical ao governo, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu haver irregularidades nas últimas pesquisas de intenção de votos para a eleição presidencial de 2022, nas quais ele aparece em ampla desvantagem em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Você ainda acredita em pesquisa? Pelo amor de Deus”, disse Bolsonaro na noite de quarta-feira, no Guarujá, ao ser abordado por jornalistas. Em seguida, perguntado se as pesquisas estão erradas, respondeu: “Erradas não, estão compradas”.
A declaração foi feita na entrada do Forte dos Andradas, onde o presidente descansa desde sexta-feira (17). Bolsonaro e sua comitiva retornavam do centro da cidade, onde entraram em uma lotérica e cumprimentaram os funcionários, e jantaram em uma pizzaria.
Ele estava ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que pretende concorrer a uma vaga no Legislativo federal.
Pesquisa Ipesp divulgada no dia 20 de dezembro apontou que Lula lidera a corrida eleitoral com 44% das intenções de votos, enquanto Bolsonaro (PL), possui 24%.
O Datafolha, em levantamento divulgado no dia 16 deste mês, registrou que Lula tem 48% das intenções de voto. Bolsonaro aparece com 22%.
Já o Ipec, em pesquisa divulgada em 14 de dezembro, apontou que Lula aparece com 48% das intenções de voto, 27 pontos porcentuais à frente de Bolsonaro, que tem 21%.
Nos três levantamentos, os demais pré-candidatos aparecem com menos de 10% das intenções de voto.
RELEMBRE AS INDICAÇÕES DE MINISTROS PARA O STF
Gilmar Mendes, Fernando Henrique, em 2002.
Ricardo Levandowski indicado por Lula em 2006.
Carmén Lúcia, Lula, em 2006.
Dias Toffoli, Lula em 2009.
Luiz Fux, Dilma, em 2011.
Rosa Weber, Dilma, em 2011.
Luis Roberto Barroso, Dilma, em 2013.
Edson Fachin, Dilma, em 2015.
Alexandre de Moraes, Michel Temer, em 2017.
Kassio Nunes Marques, Bolsonaro, em 2020.
André Mendonça, Bolsonaro, em 2021.
Por Conjuntura Online