Por R7
O preço da gasolina na bomba deve sofrer um reajuste de até 12% nos próximos 15 dias, influenciado pelo desempenho do custo do barril do petróleo nos mercados interno e externos.
A previsão é da Ativa Investimentos que também estima que o aumento pode ser aplicado de forma fracionada, ou seja, parcelado em duas vezes.
Desde que a Petrobras retomou a política de seguir os preços internacionais, em 2016, aumentou a previsibilidade de seus reajustes, diz Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
A consultoria também estima que o reajuste na refinaria terá impacto no IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) de março.
Nesta sexta-feira (5), o barril do petróleo girava em torno de US$ 60 (R$ 323,02).
Sanchez diz que a metodologia aplicada pela consultoria para o cálculo do reajuste vem permitindo uma margem constante de acertos desde setembro do ano passado.
José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), confirma a tendência de alta no preço da gasolina devido à defasagem no no mercado interno.
Rodrigo Zingales, diretor executivo da Abrilivre (Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres), afirma que além da decisão da Petrobrás, outros fatores afetam o custo da gasolina:
• ICMS Pauta (veja explicação abaixo);
• Preço do etanol;
• Preço do biodiesel; e
• Custo nas distribuidoras.
Ele frisa que distribuidoras como a Shell, Ipiranga e BR que têm exclusividade na comercialização para seus postos podem elevar o preço da gasolina em 20% e os postos serão obrigados a comprar delas.