De Brasília
O presidente Jair Bolsonaro deve escolher um novo ministro da Educação ainda nesta semana. A avaliação é de que desta semana, não pode passar. No domingo (5), o secretário da Educação e do Esporte do Paraná, Renato Feder, anunciou por suas redes sociais que estava rejeitando o convite que, segundo ele, foi feito pelo presidente na última quinta-feira (2).
Segundo uma pessoa próxima ao presidente, no entanto, Bolsonaro já havia descartado o nome do secretário no final da semana.
Ele sofria forte resistência da ala ideológica e militar. Feder também já pensava em não aceitar o convite, justamente devido às críticas que vinha sofrendo por governistas. O secretário é visto por pessoas destas alas como pouco conservador e destoante demais do perfil do presidente.
Bolsonaro, então, estaria sendo orientado a buscar alguém conservador, alinhado com suas pautas. Mas, ao mesmo tempo, moderado, que saiba debater e não gere polêmicas a todo momento – como era o caso do ex-ministro Abraham Weintraub, que apesar de ser bem avaliado por esses grupos ideológicos do governo, passou a ter a permanência insustentável principalmente após a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Na ocasião, ele disse que “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.
Antes de descartar Feder – e ser ‘descartado’ por ele -, o presidente iria se reunir com o secretário do Paraná na segunda-feira. Agora, ele deve continuar a análise de currículos e se reunir com mais alguns nomes. Após a viagem a Santa Catarina no último sábado (4), onde sobrevoou áreas atingidas pelo “ciclone bomba”, um novo nome passou a ser avaliado: Aristides Cimadon, reitor da Unoesc (Universidade do Oeste de Santa Catarina). Outras pessoas também estão sendo analisadas.
Cimadon informou em seu currículo na plataforma Lattes, do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que possui graduação em Filosofia, Pedagogia, mestrado em Educação, Direito e doutorado em Ciência Jurídica. Com Correio Braziliense.