Daiany Albuquerque, Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (22) que o governo não suportará pagar mais duas parcelas do auxílio emergencial no valor de R$ 600, além das três já programadas. “O Paulo Guedes decidiu pagar a quarta e a quinta, mas falta acertar o valor. A União não aguenta outro com esse mesmo montante”, disse Bolsonaro ao canal Agro+, da Band TV.
Segundo ele, um valor do auxílio mais baixo será negociado no Congresso, já que o que está em vigor custa R$ 50 bilhões por mês ao governo. “Queremos atender o povo, mas com muita responsabilidade”, afirmou.
A maneira mais rápida de diminuir a dependência do auxílio para a população é reabrir o comércio nas cidades, afirmou Bolsonaro.
O presidente avalia as medidas de isolamento social tomadas por Estados e municípios para conter a disseminação do novo coronavírus como “um exagero” e acredita que não vai ser fácil para a economia pegar no tranco, já que embora o campo não tenha parado, as cidades e muitos Estados fecharam o comércio.
“Não podemos deixar que o efeito colateral do tratamento da pandemia seja mais danoso do que a própria pandemia. Vida e emprego, uma coisa está completamente atrelada à outra”, disse Bolsonaro.
TERCEIRA PARCELA
Nesta segunda-feira (22) a Caixa Econômica Federal começou o pagamento do auxílio emergencial aos beneficiários do Bolsa Família que tem como último dígito do NIS o 4. Os pagamentos continuarão até sexta-feira, porém, cada dia será correspondente a um número final do NIS, ou seja, terça será a vez do que tem final 5, na quarta serão os que terminam em 6, quinta os de final 7 e na sexta-feira os NIS de final 8.
Já o calendário de pagamento correspondente aos benefícios que recebem o Bolsa Família segue até o dia 30 de junho. Para os demais grupos de cadastrados pelo aplicativo e site do banco ou pelo Cadastro Único, o governo federal ainda não divulgou o calendário desta parcela.
O auxílio emergencial foi criado como uma forma de assegurar a sobrevivência de parcela da população que se encontra em situação de vulnerabilidade durante a pandemia da Covid-19. Os benefícios são concedidos, teoricamente, para pessoas que correspondam a critérios estabelecidos pelo governo federal. Entretanto, vários problemas já foram constatados entre as pessoas que receberam a ajuda, como pagamento a quem não necessita efetivamente da ajuda financeira.